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Nos EUA, mulheres imigrantes são encarceradas e esterilizadas

Via: Intersindical.org.br

Logo no início da pandemia do novo coronavírus, o governo de Donald Trump, resgatou uma lei de 1940 para banir crianças que tentam entrar nos EUA pela fronteira do México. Logo no início da pandemia 300 crianças foram deportadas para os países de origem, sozinhas e com medo são obrigadas a voltar para o lugar onde o que conhecem até então é a fome e a violência. A medida imposta pelo governo passa por cima de procedimentos que garantiam às crianças serem por exemplo, acolhidas por Organizações de Direitos Humanos que as encaminham para os parentes que moram no país.

Os que conseguiram entrar antes da pandemia seguem sendo apartados de seus pais e demais parentes, presos em jaulas como se fossem animais e durante a pandemia os casos de contaminação subiram rapidamente nos centros de detenção onde nem o básico como sabão e álcool em gel é garantido em número suficiente.

Na semana passada veio à tona mais uma monstruosidade imposta pelo governo contra os imigrantes: a esterilização de dezenas de mulheres imigrantes. Uma enfermeira que trabalhou num centro de detenção na Georgia relatou que muitas mulheres ao procurar os serviços médicos eram encaminhadas para procedimentos de esterilização, sem informação e muito menos sem seu consentimento. As denúncias também mostram que o desrespeito à vida dos imigrantes detidos só aumentou durante a pandemia, não há testagem e muito menos os procedimentos mais básicos para conter a contaminação pelo vírus.

Trump já como candidato vomitava seu ódio contra os imigrantes, seu governo materializou esse ódio que se monstra em crianças sendo arrancadas dos braços de seus pais, trancafiadas em jaulas, na pandemia sendo deportadas, mulheres sendo esterilizadas, uma prática que já existiu nos EUA até a década de 70 onde muitas mulheres negras e outras pessoas declaradas pelos órgãos do Estado como “ incapazes” foram vítimas da esterilização compulsória.

Nos EUA, como no Brasil e em tantos outros países, os governos de plantão seguem a mesma cartilha que tenta naturalizar as centenas de milhares de mortes e os milhões de contaminados pelo novo coronavírus e impõem sua política que para tentar preservar os interesses dos capitalistas colocam os trabalhadores na mira do vírus e da fome seja pelas demissões em massa, retirada de direitos, seja por suas ações que tratam a vida como uma mera mercadoria para servir aos interesses do Capital.

Mais do que tristeza e indignação com essa realidade brutal é preciso fortalecer a luta em defesa da vida da classe trabalhadora e de seus filhos, uma luta que só se fortalece quando rompemos as cercas das nações.

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