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MST realiza marchas e ocupações no RS: reivindicações ao governo Lula

Cento e cinqüenta integrantes do MST realizaram ontem (13/11) duas marchas e uma ocupação de terras em São Borja, no Rio Grande do Sul. A fazenda de 1,2 mil hectares, que fica na fronteira com a Argentina, teve o decreto de desapropriação assinado em 2001, dependendo da liberação, pelo governo estadual, de R$ 2,4 milhões para a compra da área.


As marchas


As marchas partiram de Santana do Livramento (fronteira com o Uruguai) e Arroio dos Ratos (50 km de Porto Alegre). A que partiu de Santana do Livramento contou com cerca de 350 pessoas que marcharam 15 quilômetros e teve como destino a fazenda Southall, em São Gabriel.  Os sem-terra defendem a desapropriação da área de 13,7 mil hectares, definida pelo MST como latifúndio.


Em Arroio dos Ratos, a marcha do MST (400 pessoas) ocorreu em direção à Fazenda Dragão, de Eldorado do Sul (20 km de Porto Alegre), pela BR-290. A reivindicação  é a desapropriação da área.


As ocupações


Curitiba


Cerca de 600 sem-terra ligados ao MST também tomaram a calçada em frente à sede do Incra, em Curitiba. O grupo cobra agilidade do governo federal na definição de metas de reforma agrária para o segundo mandato do presidente Lula.


Sergipe


Em Sergipe, cerca de 60 integrantes do MST e estudantes do curso de Agronomia da UFS (Universidade Federal de Sergipe) invadiram a sede do Incra em Aracaju para protestar contra a falta de recursos repassados aos alunos. Os manifestantes ocuparam a sede às 8h30 e saíram às 17h. Em 2003, o Incra firmou parceria com a UFS para que sem-terra ingressassem no curso. Mas segundo o MST, o Incra deixou de repassar aos alunos as verbas para alimentação, transporte e material didático.


Alagoas


Em Alagoas, 24 famílias de sem-terra apoiadas pela CPT (Comissão Pastoral da Terra) ocuparam a fazenda Campo, em São José da Laje (47 km de Maceió), na madrugada de sábado (4/11).

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