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Termina greve na Amsted-Maxion com vitória dos trabalhadores

A greve dos trabalhadores da Amsted-Maxion iniciada na manhã do dia 15 de maio foi encerrada na manhã do dia seguinte com importantes vitórias. A greve foi deflagrada porque a empresa não havia atendido uma pauta com 17 itens depois de mais de 20 dias de negociação.

Depois que os trabalhadores paralisaram as atividades, a direção da Amsted-Maxion aceitou negociar com o Sindicato. A negociação acabou às 16 horas e a contra-proposta da empresa foi apresentada aos trabalhadores em assembléia e aprovada, mas ainda assim, os companheiros do 2º turno resolveram também paralisar as atividades naquele dia em solidariedade aos metalúrgicos do 1º turno que estiveram mobilizados.

Veja o que os trabalhadores da Amsted-Maxion conquistaram com a paralisação:

Mudança do contrato com prazo determinado para contrato com prazo indeterminado – A Amsted-Maxion tem hoje 540 trabalhadores com contrato com prazo determinado. Este contrato é autorizado pela CLT por até dois anos, mas quando o trabalhador é demitido, ele não recebe os 40% da multa nem o aviso prévio. O Sindicato é contra estes contratos, pois entende que representam mais uma forma de precarizar o trabalho. No acordo feito entre o Sindicato e a empresa ficou determinado que a partir de agora não haverá mais contratações desse tipo e que os que já estão nessa situação, serão efetivados e os que por acaso, forem demitidos, receberão uma multa de 40% do salário nominal.

P
agamento de insalubridade – o Sindicato fez uma visita a dois setores da empresa, em que se  constatou que existem atividades insalubres. Em relação a isso, a empresa argumentou que encomendou um laudo de uma empresa privada que constatou a insalubridade em alguns setores, mas que isso está resolvido porque ela fornece equipamentos de segurança. O Sindicato contestou essa atitude e avisou que pedirá uma fiscalização junto ao Ministério do trabalho para que ele possa verificar todas as irregularidades. 

Convênio médico – Os trabalhadores reivindicavam a mudança do convênio Sul América para a Unimed. A empresa comunicou que pretendia mudar o convênio no final do ano, mas como o prazo era muito longo, negociamos para que a mudança seja feita em 90 dias. Enquanto isso, não haverá controle de guias para as gestantes trabalhadoras da empresa ou dependentes, nem para os filhos de 0 a 5 anos e nem para os doentes crônicos.

Política de Cargos e Salários – já estava em vigência, mas ainda não tinha a assinatura da empresa, que agora aceitou assinar este acordo.


 


Compensação das horas paradas – os trabalhadores irão compensar as oito horas que estiveram parados o 1º e o 2º turno no sábado, dia 27 de maio.

Além da Amsted-Maxion, estão instaladas no mesmo complexo as empresas Hewitt, MGE e Bombardier. As direções destas três empresas também já receberam pautas de reivindicações específicas com itens econômicos e relativos à segurança no ambiente de trabalho. Em todas, já aconteceram assembléias com os trabalhadores e até o momento não houve nenhum retorno por parte das direções das empresas, o que pode levar a novas paralisações.


 

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