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6.500 trabalhadores nas montadoras Honda, Toyota, Mercedes estão em estado de greve

Depois de 3 reuniões de negociação da Campanha Salarial, sem nenhum avanço econômico, entre o Sindicato e o Sinfavea, os trabalhadores das montadoras paralisaram a produção por 1 hora, e, durante a assembléia, foi aprovado o comunicado de greve.

Os trabalhadores na GM de São José dos Campos, também paralisaram a produção por 1 hora e 45 minutos.

Na quinta-feira, dia 2, véspera da reunião de negociação com o Sinfavea, o coordenador da bancada patronal, Nilton Junior, decidiu romper as negociações entre a bancada dos patrões e a dos trabalhadores. Ou seja, desmarcou a reunião que seria realizada na sexta-feira, dia 03/09.

Com isso, a partir de quinta-feira, dia 9 de setembro, terão início as reuniões diretamente com as montadoras Honda, Toyota e Mercedes, individualmente.

São José dos Campos e São Caetano também farão reuniões com as direções da GM.


Número de trabalhadores nas montadoras:
Honda/Sumaré – emprega 3.000 trabalhadores
Toyota/Indaiatuba – 2.000 trabalhadores
Mercedes – 1.500 trabalhadores
GM( São Caetano) – 10 mil trabalhadores
GM (São José dos Campos) –  9 mil trabalhadores


Mais de 30 mil metalúrgicos atrasam produção de mercadorias nas fábricas de Campinas e região


Em apenas oito dias de mobilização, 31.000 trabalhadores, de 30 empresas de Campinas e região, já se mobilizaram, atrasando a produção de mercadorias em suas linhas de montagem.

Com as assembléias de organização nas portas das fábricas, os turnos estão começando 30 minutos mais tarde.


Ou seja, os trabalhadores estão atrasando em quase uma hora e meia por dia a produção de carros, autopeças, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, máquinas e fundição, para pressionar os empresários a ouvir e atender suas reivindicações de salários e de direitos.

A economia esta em franca recuperação: há crescimento na produção, vendas e exportações, mas os empresários nada querem negociar com os trabalhadores.

Há 30 dias, a Pauta de Reivindicações foi entregue à Fiesp e à Anfavea e de lá pra cá várias reuniões de negociação entre o Sindicato dos trabalhadores e os patronais aconteceram. Porém, não houve avanço algum.

Frente ao descaso patronal, a produção de mercadorias vai continuar sendo prejudicada.


Conheça a Pauta de Reivindicações:


– 17,45% de reajuste salarial
– Redução da jornada para 36 horas semanais, sem redução salarial e sem banco de horas
– Licença maternidade de 180 dias, auxilio creche para crianças até 6 anos de idade e reconhecimento do atestado de acompanhamento familiar
– Organização no local de trabalho
– Renovação e ampliação das cláusulas sociais
– Fim do Fator Previdenciário


Confira as fábricas que já sofrem atraso na produção:  


CAMPINAS


Bosch (fabricante de autopeças para as maiores montadoras de veículos), emprega cerca de 5.800 trabalhadores efetivos ecerca de 800 terceirizados.


Samsung e Costech (fabricantes de impressoras e multifuncionais), empregam 2.600 e 250 trabalhadores, respectivamente.


Indisa (Está entre os maiores fabricantes de bombas automotivas do país, fornecendo produtos para as principais linhas de automóveis, tratores e caminhões), emprega cerca de 200 trabalhadores

Flacamp emprega 300 trabalhadores em 2 turnos.


Gevisa (produz máquinas e equipamentos) emprega 1200 trabalhadores


Rovemar (auto peças) emprega 200 trabalhadores


Itron (fabricação de hidrômetro) emprega 300 trabalhadores


HORTOLÂNDIA


Magneti Marelli (Fabricante de autopeças) emprega 1.500 trabalhadores em 3 turnos.


Belgo Beckaert (Fabricante de arames de aço e cabos) emprega 300 trabalhadores em 3 turnos.


Dell (Fabricante de componentes eletrônicos e computadores) emprega cerca de 1000 trabalhadores.

Mabe
(fabricante da chamada linha branca, produz fogões, geladeiras, máquinas de lavar, etc. Concentra as produções da Dako, GE e Continental, entre outras), emprega cerca de 2 mil trabalhadores.


Complexo Maxion (fabricante de vagões ferroviários e fundição), emprega cerca de 2 mil trabalhadores.


CAF – Construcciones Y Auxiliar de Ferrocarriles S/A (fabricante de trens para a CPTM/Companhia Paulista de Trens Metropolitanos e o Metrô São Paulo. É a fábrica de trem mais modernas da América e deverá se tornar plataforma exportadora para a América Latina e Oriente Médio), emprega cerca de 1.200 trabalhadores.


Sanmina (Fabricante de eletreletronico, componentes para telefones) emprega 360 trabalhadores em 3 turnos.


Tornomatic (usinagem de autopeças) emprega cerca de 160 trabalhadores.


SUMARÉ


Villares Metals (Maior fabricante de aços especiais da América Latina. Em 2008 exportou 34% de sua produção para a Europa, países do NAFTA e do Mercosul, Ásia, África e América do Sul), emprega cerca de 1.300 trabalhadores.


Rodofort (fabricante de implementos rodoviário como suspensões e diversos tipos de carrocerias graneleiras e contêineres, reboques e furgões), emprega cerca de 500 trabalhadores.

Wabco (Fabricante de autopeças) emprega 500 trabalhadores em três turnos.


ACR Flex (Fabricante de cabos para eletrodomesticos) emprega 150 trabalhadoras.

NOVA ODESSA


KS Pistões (fabricante de autopeças e foenecedora das maiores montadoras de veículos) emprega 1.800 trabalhadores.


Carthom’s (fabricante de painéis para eletroeletronicos) emprega 250 trabalhadores.


INDAIATUBA


Toyota (Montadora de autoveículo) emprega 2.100 trabalhadores em três turnos.


Mann-Hummel (fabrica filtros e coletores para as principais montadoras de veículos), emprega 1.200 trabalhadores.


Agritech/ Yanmar (produz tratores, implementos agrícolas e autopeças), emprega 200 trabalhadores.


Tecvidro (fabricante de vidros) emprega 234 trabalhadores.


Fuji (autopeças) emprega 150 trabalhadores

TMD emprega 600 trabalhadores em 3 turnos.


FoxConn (fabricante de celulares) emprega 1250 trabalhadores


Americana


Itron (fabricação de hidrômetro) emprega 250 trabalhadores

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