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Trabalhadores da Amsted-Maxion entraram em greve no dia 12 de julho

Os trabalhadores do Complexo Maxion estão mobilizados e organizados em suas reivindicações. Três empresas estão paradas: MGE (desde 11 de julho), a Amsted-Maxion (desde 12 de julho) e a Tejofran (desde 16 de julho)

Amsted Maxion

São vários os pontos pendentes da pauta que foi entregue à direção da Amsted Maxion, mas os trabalhadores definiram pela greve no dia 12 de julho, principalmente pela PLR, pela revisão do Plano de Cargos e Salários e pela revisão do convênio médico.

Veja o que os trabalhadores estão reivindicando:

Participação nos Lucros e Resultados (PLR) – Os trabalhadores defendem que a negociação seja feita pelo Sindicato e que o valor seja entre 3.000 e 2.800 reais sem metas.


A primeira proposta da empresa foi que a PLR seja negociada com uma comissão e que o valor seja de 1.350 reais, com metas (600 reais em julho, e o restante em janeiro de 2008 e mais 25% do salário nominal de cada trabalhador condicionado a metas individuais de produtividade).


A segunda proposta, feita no dia 16 (segunda-feira), e que será levada aos trabalhadores, em assembléia marcada para o dia 17 de julho, é de 2.700 reais, sem metas.

Plano de Cargos e Salários – foi criado há dois anos e assinado pelo Sindicato e prevê o prazo máximo de 49 meses para que um trabalhador chegue ao teto salarial. O problema é que cada trabalhador fica muito tempo em cada faixa salarial até chegar no teto. Além disso, muitos trabalhadores chegam aos 49 meses e não recebem o valor do teto salarial. O Sindicato está reivindicando a revisão do PCS para que os trabalhadores possam realmente atingir o teto salarial. Também estamos reivindicando um teto salarial maior, pois o da Amsted-Maxion está abaixo do teto da maioria das empresas.

Convênio Médico – o convênio atual da empresa Mil, não vem atendendo as necessidades dos trabalhadores, pois oferece poucas opções de profissionais e serviços.

Mas além destes três pontos, há uma lista de problemas na Amsted-Maxion:

Dias-ponte – a direção da empresa não aceita a compensação dos dias-ponte e impõe uma compensação aos sábados, ignorando que neste dia, o trabalho é considerado hora-extra.

Ambulatório Médico – encaminha os trabalhadores lesionados ou acidentados para um trabalho compatível com o objetivo de que o trabalhador não se afaste do trabalho.

Segurança – a Amsted-Maxion tem um alto índice de acidentes de trabalho e felizmente, uma CIPA atuante. Nesse contexto, os cipeiros são perseguidos e ameaçados pela chefia.

Chefias – pressionam os trabalhadores para que produzam cada vez mais, ameaçando que casão não cumpram as metas de produção não terão a PLR ao final. Além disso, tentam impedir o trabalho dos cipeiros, proibindo que saiam de seu local de trabalho para fazer a fiscalização na fábrica.

Trabalhadores da Tejofran estão em greve desde 16 de julho

Os trabalhadores da Tejofran (Complexo Maxion), que votaram em assembléia no dia 12 de julho, a decretação de estado de greve, cruzaram os braços hoje, dia 16 de julho, para conseguirem avançar nas negociações.

Há cerca de dois meses atrás, os trabalhadores da Tejofran se mobilizaram e conquistaram importantes vitórias, mas dois pontos que estão pendentes, são os motivos da greve, que está ocorrendo agora.

Salário diferenciado – os eletricistas recebem salário 10% maior que os trabalhadores de outras funções, como por exemplo, mecânico, montador, soldador. A equiparação deveria ter sido feita no holerite de julho, mas não aconteceu.

PLR – Trabalhadores reivindicam o valor de 1.200 reais sem metas, sendo 1.000 reais em 20 de julho e 200 reais variáveis. A empresa propõe pagar 1.000 fixos e 200 reais condicionados às metas.


 

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