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Coletivo de Combate ao Racismo

Lutar contra o racismo é lutar também contra o capitalismo.

Steve Biko

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Atuando desde o 7º Congresso dos Metalúrgicos (foto), o Coletivo de Combate ao Racismo é um instrumento na discussão e defesa das políticas e das ações voltadas ao combate de toda e qualquer forma de discriminação. Nas lutas anti-racistas, o Sindicato, levanta a bandeira por uma sociedade igualitária.

Ao entendermos que a luta de combate ao racismo deve ser uma luta de classes, nossa responsabilidade política tem sido cada vez maior na consolidação do feriado de 20 de novembro, no sentido de ampliar seu caráter classista. Nossa luta contra a exploração capitalista tem sido também no sentido de combater a discriminação racial e de defender a implementação de políticas de ações afirmativas para eliminar as desigualdades entre negros e brancos em todas as esferas da sociedade.

Todos à luta contra a discriminação

São inúmeras as formas que o capital utiliza para explorar ao máximo a força de trabalho da classe trabalhadora. Ao dividir a nossa classe por gênero e por raça, e ao reforçar de forma dissimulada essas distinções, o capital torna ainda mais precária a condição do negro, da mulher e dos traba-lhadores LGBT no mercado de trabalho.
A saída para nossa classe é a luta por nenhum direito a menos; avançar rumo a novas conquistas!

 

Racismo e capitalismo são faces da mesma moeda

Steve Biko

primeira conferencia_regional_igualdade_racialHá mais de 120 anos da abolição, e apesar das conquistas constitucionais advindas das lutas da classe trabalhadora, a condição da população negra no Brasil ainda é desvantajosa sob inúmeros aspectos humanos. Ou seja, ser branco ou negro continua fazendo muita diferença.
Na educação, saúde e habitação esses 51,1% da população brasileira, em virtude das condições em que está inserida no mercado de trabalho, vivem precariamente.

Entre 187 países, o Brasil ocupa o 84° lugar, com Índice de Desenvolvimento Humano de 0,718. Na América Latina, o Brasil fica atrás do Chile (0,805), da Argentina (0,797), do Uruguai (0,783).

(foto: 1ª Conferência Regional de Promoção da Igualdade Racial)

Mercado de trababalho

Muitos de nossa classe sofrem com a informalidade e sem perspecitiva de aposentadoria. Porém, os negros estão mais sujeitos ao desemprego e à informalidade e, por isso, menos cobertos pela Previdência Social.

Enquanto banqueiros e patrões encheram os bolsos, segundo o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), entre 2004 e 2010, a taxa de desemprego dos 20% mais pobres (com renda per capita domiciliar inferior a R$ 203,3 por mês) saltou de 20,7% para 26,27%, nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil.
Em 2008, somavam-se 67% de brancos com cobertura pela Previdência Social contra 58% de negros. E, em 2009, os trabalhadores brancos recebiam em média 93,3% a mais que os trabalhadores negros.

As mulheres negras tiveram resultados mais desfavoráveis ainda: em 2008, o desemprego atingiu 19,5% das negras, contra 14,7% das brancas.

O estudo conclui que a discriminação racial e a baixa escolaridade estão na base do desemprego crônico: 80% dos desempregados estão nas famílias de baixa renda e são negros.

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(foto: marcha em Brasília)

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