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Campanha Salarial: assembleia aprova Pauta de Reivindicações

Em assembleia realizada no domingo (2), os trabalhadores aprovaram a Pauta de Reivindicações que será apresentada aos patrões, dando início à mais uma Campanha Salarial.

Embora não haja nem sinal de crise econômica, sabemos que para manter o processo de acumulação dos lucros e das riquezas os patrões virão com a mesma choradeira de sempre; faz parte da estratégia deles.

Lágrimas de crocodilo

Na verdade, se os patrões chorarem será de barriga cheia.

Porque como acompanhamos nas declarações recentes da CNI, da Abinee, do Sindipeças e da própria Bosch, o faturamento cresceu, os investimentos bilionários estão sendo pagos inclusive com dinheiro do próprio bolso, ou seja, nem a empréstimos bancários os patrões estão precisando recorrer para se reestruturarem.

Forte mobilização para conquistar a Convenção

Ao contrário dos patrões, para os trabalhadores o que aumentou foi só exploração.

Os salários e o nível de emprego não cresceram na mesma proporção da produção e dos lucros. E com os investimentos e as reestruturações em andamento tem patrão terceirizando a produção e demitindo, como é o interesse da Mercedes-Benz, em Campinas.

Portanto, precisamos permanecer com o mesmo nível de conscientização e de mobilização que demonstramos na campanha da PLR, na qual estamos sendo vitoriosos, conquistando valores superiores aos pagos no ano passado.

 Importância da Convenção Coletiva

Todos na luta por ganho real nos salários e mais direitos!

Ao contrário do ano passado, quando a inflação passou todo o primeiro semestre galopante e despencou às vésperas da nossa data-base, este ano a inflação já está controlada.

O INPC de setembro/2022 a maio/2023 fechou em 4,05% (no mesmo período do ano passado já estava em 9,15%).

Portanto, como a inflação está controlada e como o INPC não passa de uma reposição das perdas com a inflação entre uma data-base e outra, a nossa luta deve ser por ganho real de salário; este sim faz toda a diferença no nosso poder de compra!

Além de ampliarmos nossos esforços para a manutenção dos nossos direitos, conquistados com muita luta nos períodos anteriores.

Lembre-se, somente nossa Convenção/Acordo Coletivo garantem:

– Piso salarial R$ 2.563,00, bem acima do salário-mínimo vigente (R$ 1.320,00)

– Adicional Noturno entre 30% e 50%

-Proibição da terceirização na produção/atividade principal

– Pagamento do DSR e das horas extras a 100% em domingos e feriados

– Auxílio creche de 25% do piso para filhos até 4 anos de idade, inclusive para adotantes

– Ausência remunerada para acompanhamento de filhos menores em consultas e reuniões escolares

– Licença para união estável independente de gênero

– Estabilidade até a aposentadoria aos adoecidos pelo trabalho com sequela permanente

– CIPA para atuar em defesa da saúde, segurança e da vida dos trabalhadores

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