Tejofran: Greve dos trabalhadores completa hoje 50 dias
Paralisados desde o mês passado, a greve dos companheiros na Tejofran, completa hoje, 50 dias.
Os trabalhadores reivindicam R$4.000,00 de PLR, adicional de 30% relacionado à periculosidade incorporado ao salário base, aumento real de 3% a todos os trabalhadores, readequando o PCS, entre outros.
Depois de 15 dias parados, e com a extensa pauta protocolada na empresa, os trabalhadores suspenderam a paralisação por conta de um acordo judicial feito na DRT, estabelecendo que a empresa teria de fazer uma pesquisa sobre os salários praticados dentro do Complexo Maxion e apresentar proposta ao Sindicato até o dia 20/05.
Contrariamente ao que foi acordado judicialmente, no dia 25/05, a empresa alegou que os salários seguiam o padrão salarial das fábricas do Complexo Maxion, logo, não faria readequações no PCS e propôs o pagamento da PLR no valor de R$1.900,00.
Com a proposta da empresa bem distante das reivindicações, os trabalhadores em assembléia decidiram pela retomada da greve.
Depois de outras audiências de mediação realizadas, desta vez no Ministério Público, a empresa apresentou proposta de 3% de reajuste salarial apenas para o nível C, 90 dias para fazer os cálculos dos 30% do adicional de periculosidade incorporado ao salário e manteve a proposta PLR de R$1.900,00.
O Sindicato manteve a proposta inicial apresentada e acrescentou 120 dias de estabilidade. Ao final da audiência, o juiz determinou à empresa o pagamento de R$2.500,00 de PLR os trabalhadores e nova proposta para o Sindicato.
Através de e-mail, a empresa se posicionou então da seguinte forma:
– PLR de R$2.200,00 até o dia 17
– 3% de reajuste salarial apenas para o nível C,
– 90 dias para fazer os cálculos dos 30% do adicional de periculosidade incorporado ao salário, desde que não houvesse problema no resultado do laudo
– 30 dias de estabilidade
– Compensação de metade dos dias parados.
Levada em assembléia aos trabalhadores o dia 17/06, a rejeição foi absoluta e os trabalhadores continuam em greve até que a empresa atenda às reivindicações.
Greves e constantes mobilizações dos companheiros no Complexo Maxion vêm garantindo inúmeras conquistas
MGE
No dia 16 de junho, os trabalhadores da MGE, que estavam em estado de greve desde o dia 8, recusaram em assembléia a proposta da empresa de pagamento no valor de R$ 4.000,00 de PLR e votaram pela paralisação. Com uma hora e 30 minutos de produção parada, a empresa voltou atrás e o valor da PLR passou para R$ 4.500,00 sendo que a primeira parcela será paga em julho e a segunda, em janeiro de 2012. Ficou acordado também a estabilidade de 60 dias aos trabalhadores.
Bombardier
A assembléia realizada no Complexo, no dia 15/06, aprovou a cesta básica de R$ 70,00, corrigida pela data-base e Plano de Cargos e Salários aos trabalhadores, de forma retroativa ao tempo de empresa. Os reajustes salariais aplicados serão de 15% até 39%
Os trabalhadores conquistaram também 4 linhas de transporte e visita ambiental do engenheiro de saúde e segurança do Sindicato.
Hewitt
A readequação do Plano de Cargos e Salários para os trabalhadores desta empresa foi conquistada através de processo judicial o Tribunal Regional de Trabalho (TRT): o reajuste de salários vai garantir até 23% de aumento nas faixas e 8% no teto. E a PLR foi fechada em R$ 4.500,00.
Man-Fer
Os trabalhadores conquistaram o Vale Cesta no valor de R$ 63,00, redução de jornada sem redução dos salários, passando de 44 para 42 horas e a antecipação de 5% do reajuste salarial da data base no dia 1º de junho
JNC
Os trabalhadores conquistaram vale transporte, cesta básica e redução de jornada sem redução dos salários, passando de 44 para 42 horas.