Notícias

Grupo 9.2: resultado de dissídio confirma que só nossa luta traz conquistas

A organização e a mobilização dos trabalhadores, principalmente nos locais de trabalho, continuam sendo a única saída para a classe trabalhadora conquistar e garantir seus direitos.

Frutos dessa mobilização, os acordos fechados individualmente com as empresas da nossa região, em todos os grupos, foram superiores às propostas patronais e aos demais acordos fechados em outras bases sindicais. No Grupo 9.2, especificamente, os reajustes salariais ficaram entre 8,43% e 10%.

Ao contrário, nas empresas onde não houve acordo, o índice de reajuste salarial foi definido por dissídio no Tribunal Regional do Trabalho, que fixou o índice em 6,49% (INPC de 4,57% + 1,84% de aumento real).

Por isso, não resta dúvida: é a luta dos trabalhadores, e não os tribunais, que garante nenhum a direito a menos e nos permite avançar nas conquistas.

Manobra patronal
Para decidir de vez o acordo coletivo, os patrões recorreram à justiça e puseram fim às negociações com Sindicato e trabalhadores.

Desconsiderando que 95% das empresas incluídas no processo pertenciam ao tribunal de Campinas, os patrões usaram um subterfúgio da lei e escolheram a dedo o tribunal de São Paulo para julgar o dissídio, pois sabiam que o resultado de lá os beneficiaria, pois se nivelaria aos índices concedidos na grande São Paulo.

Embora os patrões quisessem substituir a estabilidade até a aposentadoria por uma indenização de 20 vezes o salário do trabalhador, as cláusulas sociais foram mantidas.

Justamente por conta dessas brechas legais, que possibilitam que os sindicatos patronais possam escolher os tribunais de acordo com as suas conveniências, nosso Sindicato acredita que somente a luta dos trabalhadores nos locais de trabalho é capaz de garantir conquistas para a classe trabalhadora.

Campanha Salarial 2010: Contra quem lucra e explora, nossa hora é agora!

Já sabemos que neste ano, além da choradeira econômica, os patrões podem tentar novamente essa manobra política de recorrer aos tribunais pedindo dissídio para resolver nossa Campanha.


Por isso, precisamos estar unidos e na luta em defesa dos nossos salários, empregos e direitos.

Nossa hora é agora: vamos fazer uma campanha que, mais uma vez, arranque dos patrões o que é nosso e que sirva de exemplo para toda a classe trabalhadora.


À luta, companheiros!

Jornal da Categoria