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25 de novembro – Dia de Não-Violência Contra a Mulher

Definido no I Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, realizado em 1981, em Bogotá, Colômbia, o 25 de Novembro é o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher. A data foi escolhida para lembrar as irmãs Mirabal, assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana.


 


Em 25 de novembro de 1991, foi iniciada a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher,que propôs os 16 Dias de Ativismo contra a Violência contra as Mulheres, que começam no 25 de novembro e encerram-se no dia 10 de dezembro, aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948.


 


Quem foram as irmãs Mirabal


 


O dia 25 de novembro foi escolhido para marcar a luta pela eliminação da violência contra a mulher em homenagem às três Irmãs Mirabal – assassinadas por ordem do ditador dominicano Rafael Trujillo (1930-1961) Minerva, Pátria e Teresa Mirabal eram ativistas contra a ditadura sangrenta do “Chefe”, que durou 31 anos e que foi assassinado um ano após a morte das irmãs. O ditador Trujillo conheceu a família Mirabal ainda nos anos 30, quando tentou conquistar Minerva durante um baile e foi rejeitado. Logo depois Trujillo passou a perseguir politicamente a família Mirabal. As irmãs seguiram organizando movimentos de resistência, ganhando fama em toda a República Dominicana como “Las Mariposas”, resistindo a prisões, torturas e represálias, até 25 de novembro de 1960, quando Trujillo enviou homens para interceptá-las quando iam visitar seus maridos na prisão. Las Mariposas foram apunhaladas e estranguladas.


 


Violência contra mulher se apresenta de diversas formas


 


Quem pensa que a violência contra a mulher é apenas física, se engana. Muitas mulheres são expostas a diversas formas de violência e todas elas devem ser denunciadas. Os registros das delegacias brasileiras demonstram que 70% dos incidentes ocorrem dentro de casa e que o agressor é o próprio marido ou parceiro. Ou seja, o lar que deveria ser o ambiente de refúgio e de proteção tem se transformado em um ambiente de violência para a mulher.


 


Além disso, as mulheres sofrem violência de acordo com sua realidade, por exemplo, as mulheres negras e as lésbicas são ainda mais discriminadas do que as brancas. Assim como as mulheres prostituídas, que sofrem com o preconceito e a violência policial. Ou seja, classe social, etnia e orientação sexual são determinantes no roteiro de violência a que as mulheres estão expostas.

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