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ESTADO ASSASSINO AÇÃO POLICIAL NO RJ MATA DEZENAS DE PESSOAS NA COMUNIDADE DO JACAREZINHO

Em mais uma manhã, na periferia da cidade do Rio de Janeiro enquanto mulheres e homens trabalhadores se dirigiam para o trabalho, uma ação da Polícia Militar invade a comunidade e espalha o terror que teve como consequência a morte de mais de 20 pessoas.

O aparato de repressão tentou se esconder numa suposta ação de combate a utilização de crianças e jovens pelo tráfico feito pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), mas o fato é que a polícia civil invadiu a comunidade do Jacarezinho e espalhou o terror na região num tiroteio que durou mais de 9 horas, matou mais de 20 e feriu outras dezenas, inclusive trabalhadores que estavam dentro do Metrô. Uma ação como essa, numa cidade como o Rio de Janeiro em que as comunidades pobres estão reféns do controle do tráfico e das milícias, novamente escancara que a polícia nessa sociedade dividida em classes está preparada não para ações de inteligência, mas sim para matar parte de nossa classe, vítimas das balas que de perdidas nada tem.

Novamente as maiores vítimas são os trabalhadores, em sua grande maioria os negros e jovens da periferia e novamente a hipocrisia criminosa dos governos de plantão dirá que que era uma ação necessária de combate ao crime.

A verdade é que se trata de tentativa de extermínio de parte de nossa classe. Trata-se de impor o medo como forma de tentar conter a revolta que segue latente na vida de cada trabalhador que sofre com o desemprego, a carestia, a miséria e vive uma tragédia que que por conta da ação do governo genocida de Bolsonaro já arrancou a vida de mais de 400 mil pessoas.

Muito além de estarem suspensas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) as operações policiais nas comunidades nesse momento de pandemia, o mais grave é a operação por si só que invade uma comunidade e atira para matar.

O massacre de ontem teve como consequência mais de 20 mortos, dezenas de feridos e até agora quem está conduzindo a investigação desse crime que vai para além de uma chacina é a Polícia Civil, a mesma responsável pela ação. O governador recém-empossado, Cláudio Castro (PSC) mais do que informado da ação da polícia a apoiou, o que não é surpresa vindo de quem era o vice-governador de Wilson Witzel, o ex-governador que teve seu impeachment aprovado na semana passada, o mesmo que defende que a polícia deve invadir as comunidades e atirar para matar.

NÃO VÃO NOS CALAR, EXIGIMOS PUNIÇÃO: é na transformação da indignação em luta, da dor em combustível para fortalecer a luta que podemos avançar contra esse Estado da morte que para atender as demandas do Capital arranca vidas de nossa juventude pobre e negra, arranca vidas de nossa classe.

FONTE: INTERSINDICAL – INSTRUMENTO DELUTA E ORGANIZAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA

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