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Em defesa da vida e dos direitos: a greve nos correios segue forte e se amplia

Via: Intersindical.org.br

A luta é em defesa dos direitos e por serviços púbicos de qualidade para toda a classe trabalhadora

A greve dos trabalhadores nos Correios iniciada no dia 18 de agosto segue firme e se amplia em todo país, mesmo com todas as investidas do governo genocida de Bolsonaro com suas propagandas mentirosas de dizer que os trabalhadores querem privilégios e que é preciso privatizar a empresa para que se melhore os serviços.

A verdade é que os trabalhadores estão em greve para garantir a comida dentro de casa, pois a direção da ECT através de seu presidente, o militar Floriano Peixoto quer exterminar praticamente todas as cláusulas sociais que são fruto de muita luta da categoria. São direitos, não privilégios.

O governo quer reduzir drasticamente o tíquete alimentação, diminuir o adicional noturno, ataca direitos dos trabalhadores que adoeceram por conta das péssimas condições de trabalho, além de vários outros direitos de uma categoria em que a maioria não recebe mais do que dois salários mínimos, enquanto isso, o presidente da empresa recebe mais de R$ 40 mil de salário para atacar os trabalhadores.

Junto ao governo está a maioria do Supremo Tribunal Federal (STF), em que a maioria dos ministros fez coro com o presidente do Supremo Dias Tófolli  passando por cima da decisão que mantinha o Acordo Coletivo de Trabalho até 2021, o gesto do STF, mostra mais uma vez que estão em função de atender os interesses privados dos capitalistas.

Se a empresa for privatizada, é o fim de todos os serviços que atendem a população trabalhadora: são os atendentes, operadores e carteiros que fazem chegar nos lugares mais longínquos do país, insumos de saúde, livros didáticos para as escolas e durante essa pandemia que já matou mais de 100 mil e contaminou milhões no Brasil por conta da política genocida do governo, são os trabalhadores nos Correios que estão nas ruas fazendo chegar os materiais urgentes para os equipamentos de saúde.

O governo Bolsonaro quer privatizar tudo que pode ser tornar mercadoria rentável ao Capital e é por isso que tenta a todo custo começar seu projeto privatista pelos Correios. A privatização vai significar o fim de toda e qualquer função social dos Correios, se a privatização acontecer, a empresa funcionará tão somente para fazer circular as mercadorias dos capitalistas, além disso o resultado vai ser demissões em massa e o aumento da miséria.

Mais do que solidariedade, a luta é do conjunto da classe trabalhadora: já são mais de 40 milhões de trabalhadores desempregados no país em plena pandemia, com a ajuda do governo Bolsonaro, os patrões têm reduzido salários, retirado diretos e ampliado as demissões. Portanto além de cercar de solidariedade a greve dos trabalhadores nos Correios é na luta das mais diversas categorias que também estão em mobilização em campanhas salariais em defesa dos direitos, empregos e salários como metalúrgicos, têxteis, petroleiros, bancários entre outras que vamos avançar contra a investida do Capital e seu capacho governo que atentam contra a vida e os diretos do conjunto de nossa classe.

No dia 27 de agosto, aconteceu ato virtual organizado pelas centrais sindicais em solidariedade a greve dos trabalhadores e trabalhadoras nos Correios, mais do que o  ato é no gesto concreto de unificação das lutas do conjunto de nossa classe , dos que estão empregados e desempregados é que vamos garantir direitos, empregos, salários, Essa é uma luta em defesa da vida.

Firmes na greve, trabalhadores nos Correios ocupam o maior centro de distribuição da empresa, em Indaiatuba, interior de São Paulo

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