Notícias

O governo da morte de Bolsonaro lança mais granadas contra os trabalhadores

É isso que significa o conteúdo de suas propostas de aprofundar a reforma trabalhista e suas reformas administrativa e tributária

São mais de 100 mil mortos e mais de 3 milhões de contaminados pelo novo coronavírus no Brasil, as mortes e o adoecimento têm a digital do governo genocida de Bolsonaro que faz de tudo para impedir o isolamento, única forma de combater o aumento do contágio e não garante os devidos investimentos no SUS. A consequência dessa política genocida são milhares de vidas arrancadas e a dor de milhões que perderam pais, mães, filhos, avós, amigos nessa pandemia que é a pior tragédia sanitária do século.

Junto a essa tragédia, o governo facilita a vida dos patrões que novamente se aproveitam da tragédia para garantir melhores condições de assegurar seus lucros: é isso que significou as Medidas Provisórias que permitiram aos patrões reduzir salários, passar por cima de direitos e continuarem com as demissões.

Agora o governo reapresenta sua proposta de aprofundar a reforma trabalhista de 2017, tentando impor uma nova forma de contratação em que os trabalhadores receberão apenas pelas horas trabalhadas, ou seja, é acabar com o salário fixo, liberar os patrões a demitir quem hoje recebe um pouco mais e precarizar de vez as novas contratações.

O discurso enganoso do governo e dos grandes meios de comunicação privados que exaltam a proposta dizendo que ela retirará milhões de trabalhadores da informalidade, tenta esconder que a proposta do governo colocará outros milhões no desemprego e quem for contratado pela chamada “contratação verde amarela’, além de receber apenas pelas horas trabalhadas, sem ter um  salário base, também terá outros direitos reduzidos, pois 13֩ salário, férias, FGTS será pago proporcionalmente as horas trabalhadas.

Ao mesmo tempo em que tira dos trabalhadores, dá para os patrões: pela proposta de reforma tributária do governo Bolsonaro apresentada por Paulo Guedes, os patrões terão novamente isenções e desonerações. O governo vai diminuir os impostos para as indústrias de linha branca, a proposta é reduzir também o que os patrões devem pagar para o FGTS, diminuindo o percentual da alíquota de 8 para 6% e para Previdência de 20 para 15% e mais: os patrões que contratarem trabalhadores pagando apenas o salário mínimo serão liberados de pagar a Previdência Social. Ao mesmo tempo em que tira dos trabalhadores, o governo segue protegendo as grandes fortunas, em sua reforma tributária os bilionários que estão mais ricos durante a pandemia seguirão acumulando riqueza, pois não há na proposta de reforma tributária nenhuma medida que taxe as grandes fortunas e os dividendos de quem se enriquece a partir do aumento da exploração.

Ataca os serviços públicos e os servidores para ampliar as privatizações: nessa semana tanto o Bolsonaro/ sem partido, como os presidentes da Câmara dos deputados Rodrigo Maia e do Senado David Alcolumbre, ambos do DEM, unificaram seu discurso para atacar os serviços públicos e os servidores. O discurso hipócrita busca responsabilizar a folha de pagamento dos salários dos servidores pelo rombo das contas do Estado, quando na realidade o rombo é provocado pela ação de todos os governos e aprofundada por esse, que usa do dinheiro público para atender os interesses das empresas privadas. Além disso, o governo Bolsonaro mantém protegido os privilégios dos parlamentares, do Judiciário e das Forças Armadas, atacando professores, trabalhadores na Saúde, Previdência, Seguridade Social, Saneamento, Correios, Energia e mais: a principal intenção do governo com o ataque aos serviços públicos e ao funcionalismo é privatizar geral tudo que pode se tornar mercadoria para o Capital. O ex-secretário de Bolsonaro responsável pela desestatização, Salim Mattar que pediu demissão nessa semana, disse que avançou no plano de privatizações nos 18 meses que ficou no governo e que por ele “privatizaria tudo”.

A luta é em defesa dos direitos, dos empregos e salários, é em defesa da vida: no dia 07 de agosto, manifestações aconteceram em todas as regiões do país contra esse governo da morte e os ataques dos patrões aos nossos direitos e às nossas vidas, agora é hora de ampliar a mobilização para construir a necessária greve geral.

Os patrões estão demitindo em massa, e mantendo aglomerados dentro dos locais de trabalho aqueles que continuam empregados e sofrendo com o arrocho salarial. A hora é de juntar a força da nossa classe, trabalhadores nas empresas privadas e no serviço público, trabalhadores empregados, desempregados e na informalidade e avançar na luta do conjunto da classe trabalhadora.

Jornal da Categoria