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Mais de 80 mil mortes, mais de 2 milhões de contaminados, mais medidas do governo que atentam contr vida e os direitos dos trabalhadores

Via: Intersindical.org.br

O governo Bolsonaro segue combatendo o isolamento social, há semanas atrás chegou a vetar trechos de uma lei que determina o uso obrigatório de máscaras, mesmo sabendo que seu veto não prosperaria, o fez para propagandear sua política genocida que tem como resultado a morte de mais de 80 mil pessoas e a disseminação do vírus que já contaminou mais de 2 milhões de pessoas.

Junto à propaganda pelo fim do isolamento, da negação da ciência, indicando um medicamento, a cloroquina, que não combate a COVID-19 e traz mais danos colaterais, Bolsonaro e seu governo seguem impondo medidas que potencializam as demissões em massa, a redução de salários e o desrespeito aos direitos.

No dia 14 de julho, o governo lançou Portaria que acaba com a restrição de recontratação no prazo de 90 dias de trabalhadores demitidos sem justa causa, a restrição existia justamente para evitar contratações fraudulentas em que os patrões desrespeitavam direitos trabalhistas, a Portaria vai além: abre a possibilidade de contratação com salários reduzidos, é o governo legitimando a prática criminosa da patronal. Resultado disso é que as demissões vão aumentar e os salários vão ser reduzidos a beira do salário mínimo.

A prorrogação da MP 936 que reduz salários de 25% a 70% e permite a suspensão dos contratos de trabalho com redução salarial de 70%, além de impor uma profunda perda da renda dos trabalhadores, não garante estabilidade, basta ver que nos locais em que o os patrões fugiram de realizar Acordos emergenciais com os Sindicatos, além da redução salarial, as demissões continuaram.

Junto às medidas provisórias e portarias que os patrões já disseram que devem ser permanentes, o governo Bolsonaro, através de seu ministro da economia do Capital, Paulo Guedes, insiste na desregulamentação da legislação trabalhista. É isso que significa sua proposta de contratação pela Carteira Verde Amarela, em que não haverá salário fixo, os trabalhadores receberiam só por hora trabalhada, sem depósito de FGTS e nem contribuição à Previdência.

O discurso hipócrita e mentiroso do governo diz que o projeto retirará da informalidade mais de 30 milhões de trabalhadores mas o fato é que o projeto do governo tem por objetivo acabar com direitos duramente conquistados na luta e liberar os patrões para ampliar o fosso da desigualdade social, acabando com os salários e legitimando a rotatividade onde o que impera são as demissões constantes e novas contratações sem nenhuma proteção.

Sendo negligente com a vida de milhões e avançando em sua pauta contra a classe trabalhadora: Bolsonaro segue amparado pela burguesia e pela maioria do Congresso Nacional, mais um exemplo de que não é na esfera do Estado que iremos impedir o avanço desses ataques.

É na luta organizada nos locais de trabalho e moradia, avançando na mobilização dos que estão empregados, desempregados e na informalidade que avançamos contra os ataques aos direitos.

É no encontro do trabalhador com sua classe em seus espaços de organização, como os Sindicatos de luta, é que se supera a coação e medo impostos pela patronal e se encontra a força necessária para avançar na mobilização em defesa dos direitos, salários, empregos, uma luta em defesa da vida.

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