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Justiça do trabalho condena Honda por práticas antisindicais

Trabalhadores de luta foram perseguidos e tratados de forma ilegal pela empresa, na tentativa de coagir a categoria

A Justiça do Trabalho condenou a Honda, de Sumaré, por práticas antissindicais, após denúncia do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas.

Os trabalhadores vêm sendo acuados de se aproximarem de dirigentes, cipeiros e representantes sindicais, sendo tratados com ameaças e constrangimentos. A empresa vem tomando posturas ilegais, ao adotar práticas de monitoramento para influenciar e interferir na tomada de decisão dos trabalhadores nas assembleias do sindicato, isolando trabalhadores e criando um ambiente hostil dentro da fábrica.

Além da Honda ser condenada por dano moral coletivo, ela deve cumprir obrigações estabelecidas pela ação:

– Parar de pressionar os trabalhadores a darem baixa enquanto associados do sindicato;

– Parar de constranger e dificultar a participação dos trabalhadores nas assembleias e reuniões sindicais;

– Parar de pressionar e assediar trabalhadores com o intuito de impossibilitar e dificultar a aproximação deles com dirigentes, cipeiros, representantes e militantes sindicais;

– Parar de impedir o acompanhamento pelo sindicato das eleições da Cipa, através dos representantes por eles indicados, pelo menos um para cada urna;

– Parar de interferir no pleito eleitoral da Cipa.

Outra decisão da Vara, foi a de declarar ilegal o regimento interno da Honda, ou seja, a empresa deve excluir a proibição de atos sindicais nas suas dependências. Caso ela não cumpra as ordens estabelecidas, ela deverá pagar multa. Ainda cabe recurso.

Os trabalhadores de luta, junto ao Sindicato, estão de olho nas práticas ilegais e persecutórias da Honda! A luta continua.

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