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MAIS VIOLÊNCIA DE GÊNERO E CLASSE ESTIMULADO POR UM GOVERNO QUE ODEIA POBRES, MULHERES, LGBT’S

Via Intersindical.org.br

A pesquisa divulgada essa semana pelo Atlas da violência, organizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Avançada (IPEA), mostrou o que a realidade escancara a cada dia: cresceu a violência contra mulheres, LGTB’S e negros.

O assassinato de negros é 2,5 maior. Cresceu também a violência e os assassinatos contra mulheres, os homossexuais e a juventude pobre segue sendo a principal vítima da repressão oficial e oficiosa do Estado.

Na maioria dos casos de violência e assassinatos contra as mulheres, os agressores e assassinos eram ex-maridos, ex-namorados. Crianças e adolescentes são vítimas de abuso sexual, homossexuais estão sendo agredidos e assassinados nas ruas, num Brasil em que o governo estimula o ódio, o preconceito e a homofobia.

As declarações de Bolsonaro, não são apenas imbecilidades que saem de sua boca, fazem parte de sua política que quer submeter mulheres, exterminar a diversidade e aumentar a violência contra os pobres, os negros e os jovens.

Recentemente falou que os turistas que quiserem vir ao Brasil fazer sexo com mulheres tudo bem, mas que o país não pode ser conhecido como o país do turismo gay. Ao afirmar isso, Bolsonaro mostra toda sua misoginia e homofobia, para ele, mulheres são objetos servis, gays não são seres humanos. Esse presidente é o mesmo, que como deputado, disse que preferia ter um filho morto, a ter um filho homossexual.

Nas vésperas da divulgação do relatório que mostrou essa realidade cruel, o presidente prestou homenagem a um de seus apoiadores que se matou depois de espancar a amante. O funkeiro homenageado, fez músicas para a campanha de Bolsonaro atacando mulheres feministas.

Na homenagem ao funkeiro, Bolsonaro diz que o funkeiro compartilhava de seus objetivos de um país melhor. Que país melhor é esse, que estimula o ódio aos que lutam por direitos e igualdade?

Bolsonaro que se acha guardião da moral e dos bons costumes, mais do que cumplice, se torna conivente com o assassinato de milhares de meninas e mulheres, ao cortar o investimento em políticas públicas de proteção as mulheres, como a manutenção e a ampliação das Casas Abrigo, mais delegacias especializadas no atendimento a mulheres vítimas de agressão e ao tentar proibir a discussão de gênero e sexualidade nas escolas.

O argumento hipócrita desse governo para combater a educação sexual nas escolas, é a de que é responsabilidade da família a orientação dos filhos. Assim, o governo, deixa famílias inteiras, pais, mães, filhos, reféns, de uma sociedade capitalista que tenta naturalizar a desigualdade para manter a opressão contra mulheres, LGBT’S e negros para aumentar a opressão a exploração.

A violência é de gênero e de classe: com sua desumana reforma da Previdência, com os cortes na educação, saúde e assistência social, esse governo vomita seu ódio de classe.     Quer adestrar os filhos da classe trabalhadora para serem servis aos interesses do Capital, quer naturalizar a violência contra mulheres, LGTB’S e negros e quer principalmente exterminar direitos de quem além de ser mulher, negro, homossexual, é trabalhador.

Para enfrentar isso, não tem outro caminho que não seja a luta do conjunto da classe trabalhadora, para enfrentar a violência do Capital e de seus governos que nos quer desiguais para acabar com nossos direitos e atacar nossas vidas.

POR ISSO É HORA DE GREVE GERAL EM DEFESA DOS DIREITOS E DA VIDA DA CLASSE TRABALHADORA E DE SEUS FILHOS.

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