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Hunter Douglas: greve já passa dos 40 dias, e empresa perde mais uma

Nesta quarta-feira (30), em assembleia realizada na porta da fábrica, os trabalhadores que não tinham aderido à greve até hoje, decidiram paralisar a produção e ir embora para casa.

A empresa chamou a Polícia Militar para forçar os trabalhadores a entrar, dizendo possuir um interdito proibitório, e a PM até chegou a deter um dirigente sindical e um trabalhador militante da base, mas depois de saber que a empresa mentiu sobre o interdito proibitório liberou os dois companheiros e se retirou do local.

Os trabalhadores decidiram pela paralisação hoje porque a empresa, querendo manter o ritmo produtivo, está impondo horas extras muito além do permitido por lei. Além da extensão da jornada, esses companheiros estavam sendo obrigados a trabalhar inclusive em finais de semana e feriados

A greve iniciada no dia 16 de fevereiro, e que já dura 44 dias, continua por tempo indeterminado. A empresa até tentou impedir a mobilização dos trabalhadores entrando na Justiça com um pedido de Interdito Proibitório, mas nada conseguiu. O TRT rejeitou o pedido, confirmando a legitimidade da greve dos trabalhadores.

Histórico da greve

Desde 16 de fevereiro, os trabalhadores estão de braços cruzados com a produção parada por tempo indeterminado.

A empresa, que é do ramo metalúrgico, operando a 45 anos no Brasil, resolveu agora, mudar o enquadramento para o Sindicato de Trabalhadores nas Indústrias da Construção, Montagem e Mobiliário de Campinas e Região.

Essa postura demonstra que, na verdade, a Hunter Douglas está tentando retirar os direitos dos trabalhadores conquistados com muita luta e garantidos em nossa Convenção Coletiva, que é referência para outros sindicatos tanto no Brasil, quanto fora do país.

Em assembleia, os trabalhadores decidiram permanecer em greve até que a empresa decida manter o enquadramento no nosso Sindicato, uma vez que eles são metalúrgicos.

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