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A burguesia que demite em massa, arrocha salários, ataca direitos se aproveita do que ela mesma provocou para exigir mais ataques contra a classe trabalhadora

Nossa luta segue contra os ataques dos patrões e de todos os governos que atentam contra a classe trabalhadora

Vivemos um momento em que no Brasil, o Partido nascido com os trabalhadores, fez um governo atendendo aos interesses dos patrões e agora é bombardeado pelos instrumentos dessa própria burguesia que quer se aproveitar da corrupção que ela mesmo patrocinou para exigir mais ações contra a classe trabalhadora.

A corrupção é parte orgânica do sistema capitalista, mas não sua parte fundamental, pois na gênese do Capital está a exploração contra os trabalhadores, essa sim é a fonte de lucro das empresas, sejam elas empreiteiras, montadoras, ou qualquer outra empresa que necessita para ter lucros do trabalho dos trabalhadores.

O PT pensou já estar aceito no seleto grupo da burguesia, mas essa mesma burguesia além de se utilizar desse Partido para avançar contra direitos da classe trabalhadora, agora se aproveita de seus instrumentos de corrupção dentro da máquina do Estado para tentar enterrar o Partido nascido com os trabalhadores e recolocar na gerencia do Estado seus representantes originais.

Se no ano passado, a burguesia liberou sua direita raivosa para se misturar nas manifestações que ocorreram no início do primeiro trimestre, agora ela própria através da mais importante de suas representações, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), esteve presente nas manifestações propagandeadas intensamente pelos meios de comunicação da própria burguesia. Na pauta do dia 13 de março, onde a única reivindicação aceita: era o “o fora Dilma, fora Lula, fora o PT” está a enganação de que a corrupção acabará com o fim desse governo e desse partido.

Novamente como em março, abril e agosto de 2015, nas manifestações realizadas no dia 13 de março, não havia nenhuma denúncia sobre as milhares de demissões que estão ocorrendo no Brasil todos os dias, nenhum cartaz, bandeira, faixa se colocando contra a reforma da Previdência que o governo Dilma pretende fazer aumentando a idade para aposentadoria, nenhuma defesa dos trabalhadores que estão com os salários, arrochados, tendo direitos atacados

Nenhuma bandeira denunciando a violência contra os jovens nas periferias, nenhum cartaz sobre as tragédias que atingem a população trabalhadora que sem acesso a moradia e serviços públicos dignos, sofre com as tempestades que mataram mais de 20 pessoas só no estado de São Paulo.

Ao invés disso, estavam lá, misturados nas manifestações, de novo, a direita raivosa defendendo a volta do regime militar, que prendeu, torturou e matou muitos de nossa classe que se coloram em luta na defesa dos trabalhadores.

A FIESP junto à Associação Comercial esteve presente em todas as cidades em que ocorreram manifestação. Qual sua pauta que não mostrou nas ruas? Ampliar a terceirização, impor reformas trabalhistas e na Previdência reduzindo salários e direitos dos trabalhadores.

A burguesia e seus instrumentos querem mais do que atacar o PT.

Com muita propaganda pelos meios oficiais de comunicação do Capital, como a Rede Globo, o alvo principal das investigações será o PT. Ao PSDB, PMDB, DEM e outros, o presente da omissão, da conivência com seus atos de corrupção. E assim a ideologia imposta pela burguesia tenta através da pauta de combate à corrupção, empurrar pra de baixo do tapete os intensos ataques feitos por ela e pelo governo do PT contra os direitos dos trabalhadores

Os meios de comunicação com destaque para a Rede Globo (beneficiada fartamente pelo governo do PT) que tanto tenta esconder, não noticiar as manifestações dos trabalhadores, agora dá prioridade a cobertura para as manifestações apoiadas pela grande burguesia.

Nem apoio ao governo, nem recuo na defesa dos direitos dos trabalhadores.

Nossa luta segue nos locais de trabalho, moradia, estudo, nas ruas contra os ataques dos patrões e dos governos.

Da mesma forma que não fomos nas manifestações convocadas pela representação da burguesia e sua direita raivosa, também não estaremos nas manifestações em defesa do governo do PT que durante todo o tempo foi servil aos interesses do Capital.

Também não vamos sucumbir a ação das frações da burguesia que na máquina do Estado agora tentam se aproveitar da situação política para avançar contra a organização dos trabalhadores.

A Polícia Militar ao invadir o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC no dia 11 de março com a desculpa que estavam monitorando as passeatas em defesa do governo, querem muito mais do que impedir ações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, sindicato esse servil aos interesses do Capital e submisso ao governo federal. Querem com essa ação avançar na repressão às Organizações de luta da classe trabalhadora.

É a mesma Polícia de Alckmin/PSDB que reprimiu nossa luta contra as demissões impostas pela Usiminas em Cubatão, é a mesma Polícia que reprimiu as manifestações dos estudantes contra a política do governo estadual para educação.

Nos despachos da Promotoria do Estado de São Paulo, muito além das acusações contra a família Lula, está lá a intenção velada de coibir manifestações, ou seja, é o Estado com seus vários braços tentando avançar ainda mais contra os trabalhadores.

Contra os ataques dos patrões que avançam contra os trabalhadores com milhares de demissões, calote nos direitos e arrocho salarial, contra os pacotes do governo Dilma e dos demais governos estaduais que avançam contra os direitos, não vamos arredar da luta.

Segurando firmes nossas bandeiras vermelhas, que tiveram seu significado renegado pelo Partido que não é mais dos Trabalhadores, seguimos a luta com a classe trabalhadora contra os ataques feitos pelo Capital e seus governos de plantão à direitos que gerações de nossa classe deram o próprio sangue para que fossem garantidos.

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