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Protesto contra lei da terceirização do emprego afeta montadoras da RMC

15/04/2015 12h04 – Atualizado em 15/04/2015 20h40

Linha de produção da Toyota parou e funcionários não entraram.
Honda teve atraso e Mercedes também tem produção afetada.

Do G1 Campinas e Região

Por conta do protesto contra a lei de terceirização do emprego, as três montadoras localizadas na região de Campinas (SP)  tiveram a produção afetada nesta quarta-feira (15). No entanto, o Sindicato dos Metalúrgicos informou que a paralisação será de 24h na Toyota e Mercedez, enquanto que na Honda os trabalhadores retornaram ao trabalho na parte da tarde.

As paralisações integram o Dia Nacional de Paralisação contra o PL 4330, projeto de lei que tramita no Congresso Nacional. Além dos atos, houve protesto em frente à Catedral Metropolitana de Campinas, na Unicamp e na Replan.

Campinas
Segundo a Polícia Militar, 60 pessoas participaram do ato na Catedral Metropolitana de Campians, que durou entre 10h30 e 12h30. Já a Central Única dos Trabalhadores (CUT), sub-sede de Campinas, afirmou que cerca de 500 pessoas passaram pelo local.

Cerca de 50 pessoas do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp realizaram panfletagem na entrada da Unicamp nesta manhã. Faziam parte do grupo também o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e Associação de Docentes (Adunicamp). A PM não informou números do ato.

Já na Mercedez, cerca de 1,5 mil trabalhadores, entre efetivos e terceirizados foram barrados pelo sindicato na manhã desta quarta-feira. O ato começou às 7h30 e em assembleia, o grupo iniciou uma paralisação de 24 horas. A linha de produção ficou parada e todos os trabalhadores voltaram para casa.

Paulínia
Já na Replan, em Paulínia, de acordo com a PM, 500 pessoas participaram do ato. Já para os manifestantes, cerca de mil pessoas integraram o ato. As faixas da Rodovia Professor Zeferino Vaz, no sentido Campinas-Paulínia, foram fechadas pelos manifestantes às 8h40 e liberadas cerca de 30 minutos depois. O ato terminou às 10h.

Indaiatuba
De acordo com a Toyota, 2,1 mil funcionários foram impedidos de entrar na montadora, localizada em Indaiatuba (SP) a partir das 6h desta quarta. O bloqueio foi organizado por sindicalistas. No entanto, em assembleia, os trabalhadores optaram por fazer uma paralisação de 24 horas.

O diretor do sindicato Eliezer Mariano da Cunha, informou que serão 24h de paralisação, ou seja, o expediente será retomado somente nesta quinta-feira (16). Todos os funcionários voltaram para casa. No entanto, uma nova assembleia aconteceu durante a tarde para a conscientização dos trabalhadores do turno da tarde.

Atualmente, esse tipo de contratação é permitida somente para as chamadas atividades-meio – como, por exemplo, equipes de segurança e limpeza – e não para as atividade-fim da empresa.Criticada pelo PT e por parte das centrais sindicais, mas defendida por empresários e outros sindicatos, a proposta que regulamenta a terceirização permite que empresas contratem trabalhadores terceirizados para exercer qualquer função.

O texto sob análise da Câmara põe fim a essa limitação, permitindo que qualquer funcionário seja terceirizado, mesmo os que exercem funções relacionadas à atividade principal da empresa.

Uma emenda de autoria do PT, que será analisada nesta quarta-feira, propõe a exclusão da possibilidade de terceirização de atividade-fim.

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