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Moção de solidariedade aos metroviários de São Paulo, e de repúdio à ação truculenta do Estado no processo de mobilização dos trabalhadores

Em reunião realizada nesta sexta-feira, dia 13 de junho de 2014, os Sindicatos dos Metalúrgicos de Campinas, Limeira, Santos e São José dos Campos e respectivas regiões declaram-se indignados com o desrespeito e a truculência do Estado, do governador Geraldo Alckmin e do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região de São Paulo, ao legítimo direito de manifestação e de greve dos trabalhadores, bem como com as injustas demissões de 42 companheiros e companheiras, ocorridas na última segunda-feira, dia 9 de junho, data do fim da paralisação da categoria.

Por cinco dias, os metroviários de São Paulo que acumulam perdas salariais da casa de 35% permaneceram mobilizados e por vezes paralisados por reajuste salarial e mais direitos para todos, como um plano igualitário de divisão dos resultados financeiros da empresa.

Porém, antes mesmo de deflagrarem a greve, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região de São Paulo já a havia julgado abusiva, impondo ao Sindicato uma multa diária com valor milionário, inviabilizando a própria sobrevivência do Sindicato. O TRT chegou ao cúmulo de pedir o bloqueio das contas bancárias do Sindicato para garantir o pagamento das multas.

E a perseguição não parou por aí. A empresa demitiu 42 trabalhadores e depois aceitou avaliar a reintegração de pelo menos 40 dos 42 demitidos, mas o governador Geraldo Alckmin vetou essa hipótese, mantendo as demissões.

Atitude de Alckmin nada mais é do que uma prática recorrente dos governos do PSDB. Em 1995, FHC fez a mesma coisa com a greve dos petroleiros, invadindo as refinarias com tanques do Exército e metralhadoras, julgando abusiva uma greve legítima e dentro da legalidade, e submetendo os sindicatos dos petroleiros a multas exorbitantes.

Reiteramos que a greve tem sido um importante instrumento de luta dos trabalhadores na busca por melhores condições de trabalho e salários, além de ser uma conquista assegurada na Constituição Federal, no seu Artigo 9º.

Pelas razões expostas, aprovamos esta Moção de Solidariedade aos metroviários de São Paulo e aos demitidos. Exigimos, portanto, a reintegração de todos os trabalhadores demitidos e que o governo do estado respeite o direito à greve e à livre manifestação.
Aprovamos também a Moção de repúdio à ação do Estado, através da Polícia Militar, da Justiça do Trabalho e pela intransigência do governador Geraldo Alckmin que proibiu a reintegração dos 42 trabalhados demitidos injustamente.

Assinam esta Moção:
Sindicatos dos Metalúrgicos de Campinas e Região
Sindicato dos Metalúrgicos de Limeira e Região
Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista
Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região

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