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Gevisa: greve completa 18 dias

Os companheiros em greve na Gevisa, iniciada no dia 12/05, continuam firmes.

E a mobilização dos companheiros é tanta que na última sexta-feira (23), a truculência da empresa aumentou ao ponto de abrir todos os portões de entrada da fábrica, o que não é usual, e com duas vans e dois ônibus, escoltados por dez viaturas da PM, forçar os trabalhadores a entrar na fábrica. Por pouco um dirigente sindical não foi atropelado.

Ainda assim, e apesar das ameaças como telefonemas recebidos em casa, mensagens via celular, cartas indicando um 0800 à disposição dos trabalhadores, enfim, apesar de todo tipo de intimidação, os companheiros seguem firmes na greve, que é por tempo indeterminado.

Nesta segunda-feira (26/05), houve reunião entre o Sindicato e a empresa e foi aberto um processo de negociação.

A PM não está mais na fábrica e empresa também retirou a segurança terceirizada. Porém, ainda não houve uma proposta da empresa capaz de atender as reivindicações dos trabalhadores, e capaz de por fim à greve.

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No dia 5/5, os cerca de 1300 trabalhadores já haviam cruzado os braços para pressionar a empresa para que cumprisse o que ficou acordado sobre pauta de reivindicações nas reuniões com o Sindicato.

Um dos itens é assédio moral: a pressão é intensa e as horas extras são obrigatórias. Consequência desta situação é aumento de acidentes.

Desde a paralisação realizada no mês passado até hoje, já aconteceram 3 acidentes que resultaram afastamento de trabalhadores.

Outro ponto em questão é que a empresa se comprometeu a desterceirizar os serviços de Caldeiraria. Porém, o setor continua terceirizado.

Além destes, os trabalhadores reivindicam também melhorias na alimentação servida e no restaurante. As exigências da Vigilância Sanitária não são aplicadas e ratos foram novamente encontrados no local.
Lembrando que já houve inclusive morte por intoxicação alimentar nesta fábrica, em 2010.

Por todos estes motivos e também pela reprovação da proposta de pagamento da PLR, do Vale Cesta e da empresa ter ignorado a reivindicação do Convênio Médico, os companheiros decidiram pela greve.

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