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Valeo, em Campinas, tem produção paralisada

Mobilizações nas fábricas já atingiram mais de 30 mil trabalhadores na região

Em campanha salarial neste mês de setembro, e com proposta de apenas 1,53% de aumento real nos salários, os 1,2 mil trabalhadores da Valeo, uma das maiores empresas produtoras de autopeças do país, paralisaram a produção da empresa por 24 horas, nesta terça-feira (25).

Em assembleia realizada em todos os turnos, os trabalhadores decidiram aderir às mobilizações iniciadas no dia 11/09.

Os trabalhadores reivindicam 12,86% de reajuste salarial, sendo 5,39% de reposição da inflação mais ganho real com a produtividade, mas nas negociações junto ao sindicato patronal a proposta é de repasse apenas da inflação, medida pelo INPC.

A empresa francesa opera em três turnos.

Histórico das manifestações

Sem propostas patronais condizentes com a realidade econômica e nos locais de trabalho, desde o dia 10/9, os metalúrgicos de Campinas e região decidiram intensificar as mobilizações da campanha salarial.

Com isso, mais de 30 mil trabalhadores já se manifestaram, atrasando a entrada dos turnos ou paralisando a produção por 24 horas em várias empresas de diversos grupos.

Nos próximos dias, mais empresas serão atingidas pelo movimento dos trabalhadores.

Sobre a Valeo

Valeo está entre os primeiros fabricantes de autopeças mundiais.

O Grupo possui 110 plantas, 21 Centros de Pesquisa, 40 Centros de desenvolvimento, 10 plataformas de distribuição e emprega 57.300 trabalhadores em 27 países.

Valeo é um grupo industrial independente, inteiramente focado na concepção, produção e venda de componentes, sistemas integrados e módulos para a indústria automotiva, principalmente, para a redução de emissão de CO2.

METALÚRGICOS DE CAMPINAS RECHAÇAM PROJETO DO ABC

Além da luta reivindicatória da campanha salarial, os metalúrgicos de Campinas e região também estão se manifestando contra o projeto de lei denominado Acordo Coletivo com Propósito Específico.

Conhecido como ACE (Acordo Coletivo Especial), o projeto que já está nas mãos do governo federal, foi proposto pela CUT, através do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, e pretende colocar na lei a experiência realizada no ABC paulista nas duas últimas décadas: a redução de direitos e salários.

Ou seja, o objetivo principal é abrir a porteira para a redução de direitos dos trabalhadores.

 

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