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Sete mil metalúrgicos param em indústrias de Campinas e região

Trabalhadores reagem a projeto de Acordo Coletivo Especial proposto pelo Sindicato do ABC e pela CUT

Nesta terça-feira (11), os trabalhadores nas empresas Mabe, CAF e Complexo Maxion, em Hortolândia; Villares, em Sumaré; e TMD, em Indaiatuba participaram, juntamente com a Intersindical, das manifestações contra o ACE (Acordo Coletivo Especial), apresentado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo/SP com o apoio da CUT, que significa uma tentativa de flexibilização dos direitos da classe trabalhadora.

O objetivo do projeto de lei entregue ao governo Dilma através da Casa Civil e que já se encontra na Câmara dos Deputados, tem como objetivo regulamentar a redução de direitos dos trabalhadores, através de acordos entre empresários e a representação sindical onde o que for acordado poderá ser inferior ao legislado.

E, uma vez homologados pelo Ministério do Trabalho, não poderão ser questionados judicialmente.

Na verdade, a CUT quer através desse projeto nacionalizar a experiência gestada nos últimos 20 anos em São Bernardo, onde os metalúrgicos tiveram seus salários e direitos reduzidos.

Encontra-se nas argumentações justificativas que comprovam isso: .“ …uma enxurrada de processos pode sobrecarregar ainda mais a Justiça do Trabalho e o departamento jurídico das empresas e sindicatos.

Em síntese: cresce o passivo trabalhista, crescem as tensões”(texto extraído da Cartilha produzida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo sobre o ACE)

As manifestações e paralisações da produção organizadas pela Intersindical continuarão nesta quarta-feira (12) e quinta-feira (13), nas regiões de Campinas, Limeira e Santos. Em Limeira, haverá assembleia na Whirlpool (Brastemp) e em Santos, na Usiminas (antiga Cosipa).

Campanha Salarial 2012

Os metalúrgicos de Campinas, Limeira, Santos e São José dos Campos estão em campanha salarial, cuja data-base é 1º de setembro, e reivindicam 12,86% mais cláusulas sociais.

A pauta de reivindicações foi entregue aos sindicatos patronais no mês passado, mas as propostas apresentadas têm se limitado ao INPC, com exceção das montadoras que ofereceram 2% de ganho real.

Até agora não houve acordo entre as partes.

Frente ao impasse, a categoria decidiu intensificar as mobilizações atrasando a produção ou paralisando totalmente por 24 horas. A possibilidade de greve não está descartada, já que no último dia 3 foi protocolado o Comunicado de Greve junto às empresas dos setores de autopeças, máquinas e eletroeletrônicos, fundição, estamparia e montadoras.

Mais informações sobre o projeto, as manifestações que acontecem no Estado de São Paulo, e a Campanha Salarial:

Eliezer Mariano da Cunha: (19) 8159-0701
Coordenação da Intersindical e dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região
Emanuel Melato: (19) 8189-2743
Coordenação da Intersindical e dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região.
Jair dos Santos: (19) 8102-6374
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas e região.

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