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Na Sanmina-SCI, greve continua

Os trabalhadores na Sanmina continuam em greve, iniciada no dia 15/08.

Hoje, dia 13 de setmbro, a Audiência de Conciliação realizada no TRT, terminou sem acordo. Estamos aguardando o julgamento da greve, que acontecerá na próxima semana.

Os companheiros estão reivindicando Plano de Cargos e Salários, PLR, Vale Cesta e mudança de horário.

Na segunda-feira (20/08) houve mesa redonda na DRT (Delegacia regional do Trabalho) e, no dia 22/08, uma Audiência de Concliliação, no TRT (Tribunal regional do Trabalho), em Campinas, mas ambas terminaram sem avanço. Por isso, a greve segue firme, com a produção praticamente parada.

Entenda o protesto 

Na quarta-feira (15), os 420 trabalhadores da Sanmina-SCI, em Hortolândia, decidiram cruzar os braços por tempo indeterminado. Eles reivindicam melhores condições de trabalho na subsidiária americana que onde está presente, principalmente, na America Latina e Ásia, opera desrespeitando a legislação local e precarizando as relações e condições de trabalho.

No Brasil, a Sanmina-SCI frauda a Lei 6.019/74, contratando trabalhadores sob contratos temporários ou por agências, por períodos superiores ao permitido. Ou seja, vencidos o prazo de contratação por prazo determinado (90 dias mais 90 dias, com autorização do Ministério do Trabalho), a empresa demite o trabalhador para contratar outro no mesmo regime, o que é proibido por lei. Pois, fica claro que a demanda não tem nada de sazonal, ao contrário, mostra-se permanente.
Outros pontos em que a intransigência da empresa se torna evidente são o desrespeito com relação à política de participação dos trabalhadores nos lucros e resultados (PLR) e no que diz respeito à representação sindical de seus trabalhadores.

Na PLR, apesar do crescimento do lucro da empresa, o valor apresentado aos trabalhadores tem sido o mesmo há 5 anos. E, na representação sindical, a empresa não admite a presença do sindicato dos trabalhadores na fábrica sequer para a realização de assembleias.

A empresa emprega majoritariamente mulheres; impõe longas jornadas com horas-extras; pratica assédio e paga os mais baixos salários do segmento de eletroeletrônicos na região de Campinas.

A empresa é fornecedora de componentes eletrônicos para grandes indústrias dos ramos eletroeletrônico e automotivo, como Motorola, Gradiente e Valeo, e, há anos, vem alegando que por se enquadrar entre as empresas EMS (Electronics Manufacturing Solutions), isto é, que não têm produto próprio, tem perdido concorrência e está operando no vermelho.

Frente a toda essa intransigência da Sanmina-SCI, seus trabalhadores permanecerão em greve por tempo indeterminado.

Esta é a segunda greve dos trabalhadores, sendo que a primeira ocorreu em 2005.

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