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Capitalismo selvagem: Bancos americanos lucraram com a crise europeia

Quase 30% dos grandes bancos americanos se beneficiam da crise europeia

Uma pesquisa trimestral do Federal Reserve mostra que 29,1% das 55 entidades financeiras americanas viram seus negócios crescerem com a crise na Europa

Cerca de 31% dos grandes bancos americanos dizem ter se beneficiado, nos últimos seis meses, da redução de concorrência de seus rivais da Europa devido à crise que atinge o Velho Continente, segundo uma pesquisa publicada nesta segunda-feira pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).

A pesquisa trimestral do banco central americano realizada no último dia 10 mostra que 29,1% das 55 entidades financeiras de importância indagadas considera que a menor concorrência europeia “aumentou seus negócios de alguma maneira”.

A isso se soma o 1,8% de bancos que afirmaram que a crise europeia e a diminuição de atividade de suas entidades financeiras melhoraram seus negócios, tanto com clientes estrangeiros como locais, “de maneira considerável”.

A porcentagem é muito maior entre os 33 grandes bancos entrevistados pelo Federal Reserve, no qual quase metade respondeu que seus negócios melhoraram de “algum modo” (45,5%) ou de “maneira considerável” (3%) a custa da crise de seus concorrentes europeus.
Esse estudo trimestral do Fed incluiu pela primeira vez essa pergunta sobre a melhora ou retrocesso de suas operações por influência da menor atividade dos bancos europeus, afetados pela crise da dívida soberana da zona do euro.

Além disso, a maioria dos bancos indagados (58%) admite ter dificultado os empréstimos a entidades europeias ou a suas filiais desde outubro – mês da última pesquisa.

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