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Demissões na Honda: acompanhe resultado da audiência no TRT e encaminhamentos da luta na Convenção

Honda demite trabalhadores por telegrama e Sindicato entra com pedido de Dissídio Coletivo requisitando liminar de suspensão das demissões no TRT e denúncia de assédio moral coletivo no Ministério Público


Desde a greve dos trabalhadores da Honda, que começou no dia 12/05, já foram realizadas reuniões com a empresa e uma audiência de mediação na DRT em Campinas, no dia 16/ 05, que terminou sem acordo entre as partes.


Desde o dia 18/05, portanto, dentro do processo de negociação que ainda não havia sido concluído, a Honda efetuou demissões, sem comunicar oficialmente o Sindicato.


Diante disso, o nosso Departamento Jurídico já entrou com pedido de Dissídio Coletivo pedindo liminar de suspensão das demissões no TRT, (15º região), pela demissão em massa e por ferir artigo da Constituição Federal ao direito de greve e, também com denúncia de assédio moral coletivo no Ministério Público, pela Honda ter efetuado as demissões por telegrama, enquanto os trabalhadores estavam ainda em greve.


Em todas as reuniões ocorridas, o Sindicato apresentou proposta de manutenção dos empregos, com rodízio de férias no quadro de trabalhadores pelos próximos 7 meses e redução da jornada de trabalho para 5h30 por dia, já que a Honda prevê uma superação da situação em 2012.


Dessa forma, os empregos dos trabalhadores, não só da Honda, mas também do resto da cadeia produtiva, seriam mantidos.


A montadora quer reduzir a produção de automóveis em 50% e demitir 1270 trabalhadores, em Sumaré


A produção da Honda, está totalmente paralisada desde o dia 12/05, de maio, desde o anúncio da empresa de reduzir a produção e demitir  trabalhadores diretos e indiretos, a partir de junho.


A empresa anunciou a readequação no dia 10/05, após uma reunião com a matriz japonesa.


Em virtude do terremoto que atingiu a costa nordeste do Japão, em 11 de março, a produção japonesa que permaneceu interrompida até o dia 14/03, segue com apenas 50% da capacidade produtiva.


Com isso, a empresa anunciou que só poderá atender a demanda de suas fábricas em outros países na mesma proporção.


Se a decisão for mantida, toda a cadeia produtiva estará comprometida e trabalhadores de outras empresas como autopeças, também correrão o risco de perder o emprego.


Atualmente, a Honda produz 600 carros por dia e emprega 3.487 trabalhadores.


Na produção, o impacto será de 41% dos postos de trabalho (1200 trabalhadores diretos e 70 indiretos) e no setor administrativo 12,8%.


A proposta da empresa é de reduzir um dos três turnos da produção, e operar em oito horas diárias, o que resulta na produção de 215 carros no primeiro turno e 105, no segundo.


Reflexos


Em cada um posto de trabalho a menos na Honda, pelo menos outros oito ficam comprometidos.


Ou seja, a cada trabalhador demitido, oito perderão o emprego em outras fábricas.


A fábrica de autopeças Benteler, em Campinas, já anunciou férias coletivas.


A KS Pistões, instalada em Nova Odessa, produz 2.400 pistões por dia para a Honda e também deverá cortar a produção pela metade.


Para o Departamento de Economia do Sindicato, a proposta da Honda nada mais é do que uma media preventiva para manter sua taxa de lucro, já o que reduzirá apenas o volume de produção.


Ou seja, a Honda está empurrando o prejuízo aos seus trabalhadores.


Apesar da solidariedade aos trabalhadores japoneses vitimados pela catástrofe natural, nosso Sindicato não aceita que os trabalhadores de sua base paguem com seus empregos o custo do desastre natural.


Convenção de Sumaré, dia 29 de maio, às 9h30
Após o término da Convenção de Sumaré será informado aos trabalhadores da Honda o resultado da audiência no TRT, realizada na quinta-feira, dia 26, bem como, será discutido o encaminhamento da luta contra as demissões. Compareça! 



 

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