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No Oriente Médio, milhares protestam contra ditaduras, corrupção e crise econômica

Desde dezembro passado, as revoltas populares têm se espalhando por todo o Oriente Médio. Em dezembro, na Tunísia, o suicídio de um trabalhador desempregado provocou manifestações que derrubaram o ditador Bem Ali, no poder há 23 anos.


Na Jordânia,os protestos obrigaram o rei a dissolver o governo. No Líbano, provocaram a queda do Ministério. E na Cisjordânia e Faixa de Gaza, conseguiram a promessa de eleições.


Na Argélia, onde 75% da população tem menos de 30 anos e o desemprego jovem é da ordem dos 25%, várias manifestações tomaram as ruas de Argel.


No Egito, o desemprego e a fome, impostos pela ditadura de Hosni Mubarak, levaram mais de 1 milhão de egípcios às ruas do Cairo, no dia 1º de fevereiro. Os manifestantes exigem a saída de Murabak, aliado dos Estados Unidos, há 30 anos no poder. Apesar da importância estratégica do Egito no Oriente Médio e do crescimento econômico, com aumento de 6% no PIB em 2010, o índice de desemprego chegou aos 25%. Cerca de 40% da população vive abaixo da linha da pobreza, com menos de US$ 2 por dia. O FMI estima que em 2020 o Egito acumule 7,1 milhões de desempregados.


No Iêmen, cerca de 100 mil pessoas ocuparam as ruas da capital, Sanaa, dispostas a derrubar regime de Ali Abdallah Saleh, no poder há 32 anos.


Fica evidente que a explosão de manifestações por todo o Oriente Médio vai muito além das questões democráticas, com eleições periódicas. A revolta popular nos países árabes é, sobretudo, contra a exploração do modelo econômico capitalista, que assola a classe trabalhadora no mudo todo.


Portanto, toda nossa solidariedade à luta dos povos árabes.

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