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Na Grécia, trabalhadores fazem 14a greve geral em 12 meses: contra retirada de direitos

No último dia 15, a Grécia viveu a 14ª greve geral em um ano.


A mobilização de 24 horas, convocada pela Frente Militante de Todos os Trabalhadores (PAME), atingiu 63 cidades contra as medidas antipopulares do governo, com o apoio da União Européia e do FMI.


A greve atingiu a produção industrial, o transporte público, portos e aeroportos, escolas e universidades e o serviço de saúde, que manteve apenas o essencial, e envolveu também os trabalhadores rurais.


Medidas antipopulares


O governo aprovou no Parlamento uma legislação que acaba com os acordos de negociação coletiva. Também houve corte de salários e aumento da tributação indireta para os trabalhadores e redução na tributação sobre o grande capital.


Confira:


• Redução geral de salários (de 10 a 25%) de trabalhadores nas antigas indústrias estatais e nas companhias de serviços públicos;


• Abolição de acordos de negociação coletiva nas indústrias privadas e sua substituição por “acordos especiais a nível de companhia”, sem quaisquer restrições e com cortes nos salários acima de 30 e 40%;


• Demissões e precarização das relações de trabalho (emprego em tempo parcial, contrato temporário, etc), mudanças drásticas em turnos, férias e licenças, ficarão ao arbítrio do patronato;


• Redução de horas extras em 10%;


• O período de experiência será aumentado de 2 meses para 12 meses, de modo a que os empregadores possam empregar trabalho barato através desta forma de “reciclagem”;


• O aviso prévio para demissão é reduzido a um mês;


• Alívio fiscal maciço para o capital.

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