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Metalúrgicos apóiam a luta dos trabalhadores na Europa

Na terça-feira (26), os trabalhadores da Mabe, em Hortolândia, e da francesa Valeo, em Campinas, atrasaram a produção em solidariedade aos trabalhadores mobilizados na Europa.


Além do apoio à luta dos trabalhadores europeus, as mobilizações nas fábricas de Campinas e região têm o objetivo de, mais uma vez, chamar a atenção da categoria para a necessidade da nossa constante organização em defesa dos direitos da classe trabalhadora, sempre ameaçados pelo Capital.


Os ataques aos direitos dos trabalhadores que acontecem hoje, na Europa, como uma receita do Capital para sair dessa crise, também virão para cá após as eleições, e independente de quem vencer nas urnas, vão tentar enfiar goela abaixo dos trabalhadores mais ataques aos direitos.


Portanto, mais do que solidariedade, temos de nos preparar para a dura batalha que teremos pela frente.


Confira os ataques dos governos contra os trabalhadores europeus:


Grécia
– Redução e congelamento de salários do funcionalismo por 3 anos
– Redução no valor das férias
– Fim do 14º salário
– Redução nas aposentadorias


Portugal
– Congelamento de salários
– Aumento da idade para se aposentar para 65 anos
– Redução nos benefícios sociais
– Aumento de impostos


Espanha
– Reforma trabalhista
– Redução de 5% nos salários do funcionalismo público
– Fim do “cheque bebê”
– Congelamento das pensões
– Corte de investimentos nas regiões


Itália
– Redução nos salários
– Congelamento de contratações
– Criação de regra que adia concessão de aposentadoria (aumento de idade mínima de 65 para 67 anos)
– Corte de investimentos nas regiões


França
– Corte em benefícios sociais
– Aumento na idade mínima para se aposentar (de  65 anos para 67 anos e 40 anos de contribuição)
– Cortes no orçamento geral


Inglaterra
– Congelamento dos salários do funcionalismo por 2 anos
– Elevação da idade mínima para se aposentar para 66 anos
– Cortes na política de bem-estar social
– Demissão de 500 mil trabalhadores em 4 anos


Irlanda
– Cortes de empregos e salários


Romênia
– Cortes de salários no serviço público


Trabalhadores reagem e protestos explodem em vários países europeus


França
A onda de protestos já soma 220 manifestações em todo o país, sendo a maior em Paris, que envolveu 270 mil pessoas (mais de 10% da população da cidade).


Desde setembro, em 7 greves gerais, cerca de 2,5 milhões de trabalhadores se mobilizaram contra a reforma da previdência social defendida pelo governo de Nicolas Sarkozy.


Inglaterra
Os trabalhadores do metrô, em Londres, fizeram uma greve de 24 horas contra os cortes previstos de 800 postos de trabalho, a maioria de trabalhadores das estações.


Espanha
No dia 29/09, a Greve Geral contra as medidas de austeridade e as reformas trabalhistas destinadas a facilitar a contratação e demissão de funcionários pelas empresas, impostas pela União Européia, mobilizou70% dos trabalhadores espanhóis.


Mais de 10 milhões de pessoas, ou mais de metade da força de trabalho, aderiram à greve. Os setores mais atingidos foram os transportes e o as fábricas.


No centro de Madri, centenas de trabalhadores agitaram bandeiras, interditaram ruas e obrigaram algumas lojas a baixar as portas.
Poucos ônibus circularam na capital e metade dos trens de metrô parou.


No norte da Espanha, montadoras de veículos interromperam a produção. A demanda energética no país caiu 20% durante o protesto, segundo a empresa operadora do sistema.


Bélgica
No dia 29/09, em Bruxelas, sede da União Européia, cerca de 100 mil pessoas, de 30 países, entre eles Alemanha, Polônia e Reino Unido, protestaram contra os cortes no orçamento público que já eliminaram milhões de empregos e contra um plano para punir com multas os governos que mantêm déficits acima do permitido pela UE.


Romênia
Os trabalhadores do Ministério do Trabalho aderiram ao protesto dos trabalhadores do Ministério das Finanças, iniciado dia 14, contra os cortes de salários.


Os professores e os agentes da polícia sinalizaram que também vão aderir ao movimento. As manifestações devem seguir até que os salários sejam restituídos. Portugal


Convocados pela CGTP, principal confederação trabalhista de Portugal, os protestos em Lisboa e no Porto reuniram mais de 10 mil trabalhadores.


Irlanda
Com o lema “Emprego, não cortes”, milhares de trabalhadores irlandeses protestaram contra os cortes de salários e de empregos imposto pelo governo.


Um manifestante bateu uma betoneira contra o portão central do Parlamento, em Dublin, que protestava contra o pacote de ajuda com dinheiro público dado ao Anglo Irish Bank, que chegaria ao total de 30 bilhões de euros (mais de 20% do PIB do país) e também contra os cortes orçamentários do governo local.


Polônia
Os principais sindicatos da Polônia, Solidariedade e OPZZ, reuniram milhares de manifestantes nas proximidades da sede do governo em Varsóvia.


Nosso Sindicato, junto com a Intersindical, seguirá com as manifestações de apoio, tendo a certeza de que somente a luta do conjunto da classe trabalhadora no país e no mundo conseguirá resistir e barrar os constantes ataques do Capital.


 

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