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Greve dos trabalhadores na Foxconn completa 10 dias

Os trabalhadores da Foxconn de Indaiatuba, em greve desde 28 de setembro, cruzaram os braços para pressionar os patrões a atenderem suas reivindicações, que são:


– Pagamento de PLR no valor de R$ 2.300,00 .
A empresa efetuou o pagamento de R$ 700,00 em julho de 2.009 e propõe o valor de R$ 1.850,00, sendo R$250,00 a ser pago em novembro e R$ 900,00 em janeiro de 2011.


– Revisão do Plano de Cargos e Salários em alguns setores
A empresa quer suspender a política de cargos e salários de todos os setores da fábrica.


– Pagamento do Cartão Cesta no valor de R$ 150,00, e pagamento retroativo de 2009, que não foi efetuado pela empresa, no valor de R$ 96,00.
A proposta da empresa é o pagamento do retroativo do Cartão no valor de R$ 96,00 em novembro, e a partir de agosto de 2010, o valor de R$ 95,92 mensal.


– Trabalho em sábados alternados
A empresa quer manter o trabalho todos os sábados para os trabalhadores


Em assembléia com os trabalhadores na porta da fábrica, dia 1º de outubro, foram apresentadas as propostas da empresa, que foram rejeitadas pelos trabalhadores.


Neste mesmo dia, que havia sido a primeira reunião com o Sindicato, a Foxconn já havia entrado com pedido de dissídio coletivo no Tribunal Regional de Trabalho de Campinas.


No dia 06 de outubro, aconteceu a reunião de conciliação entre o Sindicato e a Foxconn no TRT e o juiz da audiência, presidente do tribunal, apresentou como mediação a mesma proposta da empresa, que já havia sido rejeitada pelos trabalhadores, no dia 1º de outubro.


Além disso, foi indicada a discussão da jornada de trabalho para o dia 30 de novembro.


Após a reunião de conciliação realizada no TRT, o Sindicato fez nova assembléia com trabalhadores, quinta-feira, dia 7, para apresentar o resultado e mais uma vez os trabalhadores não aprovaram e decidiram continuar de braços cruzados.


Hoje, dia 8 de outubro, às 18 horas, o Sindicato vai comunicar ao TRT a decisão dos trabalhadores e possivelmente, o juiz irá determinar o julgamento da greve dos trabalhadores.


Os companheiros de todos os turnos na Foxconn, incluindo os do setor administrativo, aderiram a paralisação.


A Foxconn, que emprega cerca de 1.400 trabalhadores, faz parte do Grupo 9-2 e produz celulares.

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