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10º Congresso: delegados definem rumos de nossa luta


No último final de semana de agosto, com trabalhadores e trabalhadoras de 83 empresas, mais convidados e observadores de outros sindicatos e oposições da região e de outros estados, totalizando 500 companheiros e companheiras, foi concluído o nosso 10º Congresso.

Esse Congresso iniciou com os debates preparatórios que ocorreram em Campinas, Indaiatuba e Sumaré, além de dezenas de reuniões de grupos de fábricas que debateram o temário do Congresso, agora concluído.

Desde a vitória contra os pelegos em 1984, temos o Congresso como instância máxima de deliberação da categoria, reafirmando a postura classista e democrática com realização de congressos em todos os mandatos de diretoria.

Em até 60 dias, por decisão dos delegados do Congresso, será publicado um caderno com todas as suas resoluções, que irão nortear nossa luta no próximo período.

Esse Congresso trouxe dados muito positivos como o expressivo aumento da participação das trabalhadoras metalúrgicas, que dobrou em relação ao anterior.

O 10º Congresso definiu as linhas gerais de atuação e de organização para o próximo período. Aprovou e reafirmou a condução das lutas feitas pela direção do Sindicato baseada nas decisões dos congressos anteriores, mantendo um sindicato classista, independente de governos e patrões e autônomo com relação aos partidos políticos.

Sobre a reorganização, reafirmou a decisão do congresso anterior, ou seja, que estamos vivendo um momento em que a principal tarefa continua sendo a reconstrução da unidade de ação da classe trabalhadora. Que para enfrentar a dispersão das muitas lutas que ocorrem no país, o caminho continua sendo a construção da Intersindical como instrumento de luta e organização da classe trabalhadora. Novas formas organizativas faremos junto com a classe trabalhadora, evitando a tentação de sem base na realidade, dos ritmos desse debate em todo o país, sem a classe trabalhadora, decretar novas centrais em seu nome.

95% dos delegados aprovam tese da ASS

No início dos trabalhos foram apresentadas e defendidas quatro teses: a da Alternativa Sindical Socialista (ASS); da Alerta; da APS e Independentes; e do Coletivo Metalúrgico da Central Sindical Popular (CSP-Conlutas). Na votação para a definição de qual serviria como guia, a tese da Alerta só obteve dois votos; da APS apenas quatro votos e a da Conlutas, 12 votos. A tese da ASS conquistou 320 votos.
Essa aprovação de 95% dos delegados demonstra claramente que o caminho da luta e da independência de classe do Sindicato é totalmente aprovado pela categoria.

Esse Congresso refletiu o aumento na organização por local de trabalho, da formação de militantes e o amadurecimento políticos dos metalúrgicos e metalúrgicas de nossa região, que aprovaram a condução das lutas do Sindicato, recusaram as aventuras organizativas em nome da classe, e rechaçaram os que tentaram usar mentiras e calúnias nos debates sobre os rumos de nossa luta.

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