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Trabalhador tem de ficar atento, pois a crise econômica não pára de crescer

Como estamos acompanhando pela imprensa nacional e internacional, a crise econômica mundial é profunda e deve ter longa duração. Desde meados de setembro, tudo o que ouvimos sobre economia trata da queda das bolsas, falta de crédito, aumento do dólar e dos juros, quebra na produção e demissões. Por isso, os trabalhadores devem ficar atentos a cada informação sobre o assunto, porque se tem uma coisa que patrões e banqueiros sabem bem, e nisso o governo tem papel fundamental, é se safar de situações que coloquem seus lucros em risco.

Governo já se mexe para ajudar patrões…
As medidas tomadas pelo governo assemelham-se às tomadas nos Estados Unidos. No Brasil, o governo já anunciou pacotes de socorro aos bancos e às empresas, principalmente as do setor automotivo.
O Banco do Brasil e a CEF estão autorizados a comprar instituições financeiras falidas. O BB já comprou 49% das ações do Banco Votorantim e a CEF está autorizada a comprar ações até mesmo de empresas da construção civil.

As empresas deverão ser beneficiadas com medidas como a redução dos tributos cobrados sobre a folha de pagamento, criação de linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com desembolso mais rápido e também a elevação da alíquota do Imposto de Importação (II) para até 35%, para dificultar a concorrência dos importados.

Mesmo assim, acostumadas a empurrar o pato para os trabalhadores pagarem, as empresas já anunciam férias coletivas e demissões, como é o caso da Bosch (veja propostas abaixo). Ou seja, mesmo com o socorro do governo (verba retirada de investimentos sociais), ainda anunciam medidas que vão jogar sobre o trabalhador o peso da crise.

… trabalhadores saem perdendo
Essas medidas podem até ser vistas como necessárias para evitar a crise, mas o que elas buscam é garantir os interesses privados das grandes empresas capitalistas. Aos trabalhadores certamente recairão queda na renda, desemprego e retirada de direitos trabalhistas.

Além disso, enquanto o governo atende os interesses dos patrões, ele anuncia cortes no orçamento público que também atingirão diretamente a vida da população em áreas como saúde e educação.

Para se ter uma idéia, cerca de metade dos lares brasileiros não dispõe de saneamento básico, causando a morte de mais de 40 mil pessoas por ano devido a doenças relativas à falta desse serviço.

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