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Trabalhadores têxteis de Blumenau em greve por melhores salários e condições de trabalho

Os trabalhadores e trabalhadoras têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial em Santa Catarina estão em greve desde o último dia 06, reivindicando aumento salarial e melhores condições de trabalho.

O setor têxtil lucrou muito no último período e na hora da negociação ofereceu míseros 8% de reajuste. A categoria compareceu em massa na assembléia chamada pelo Sindicato, milhares de trabalhadores embaixo de uma forte chuva reprovaram a proposta patronal e votaram pela greve para conquistar 15% de reajuste e melhoria nas condições de trabalho.

Ritmo intenso, extensas jornadas,humilhação e perseguição da chefia, doenças provocadas pelo trabalho e salários baixíssimos fazem parte do cotidiano desses trabalhadores em sua grande maioria jovens, que são sugados no processo de produção na fase mais produtiva da vida.

Isso fez com que a categoria que conta com 30 mil trabalhadores sendo a maior base do ramo no País e na América Latina se levantar para lutar por suas reivindicações após quase duas décadas sem greve. A greve atinge as empresas Hering Omino, Cremer, Cremer Adesivos e Malharia Hering e a partir dessa semana se estenderá.

O papel do Estado não é diferente em Santa Catarina, o presidente do Sindicato patronal e dono da Hering Ulrich Kuhn tem a sua disposição o aparato policial que está na cidade para as festas da Oktoberfest: dezenas de viaturas, choque e a cavalaria da Policia Militar estão de plantão em todos os turnos das empresas que estão paralisadas.
Mas isso não intimidou os trabalhadores e as trabalhadoras. Na sexta-feira (10/10) mais de mil trabalhadores percorreram as principais ruas da cidade mostrando à população e principalmente aos turistas uma Blumenau que não se conhece: empunhando faixas e cartazes os trabalhadores tomaram as ruas para dizer que sua luta continua.
A Intersindical esteve presente nessa primeira semana de greve e segue apoiando mais essa luta da nossa classe.

É fundamental solidariedade a essa luta que se faz nesse momento divulgando ao máximo a resistência dos trabalhadores em greve, pois a imprensa da cidade para atender os interesses das empresas do ramo têxtil tem tentado de todas as maneiras esconder a mobilização.


VIVA A GREVE DOS TRABALHADORES TÊXTEIS
POR AUMENTO REAL DE SALARIO E MELHOERES CONDIÇÕES DE TRABALHO.
NENHUM DIREITO A MENOS, AVANÇAR NAS CONQUISTAS

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