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Após 21 dias, greve na Dell termina com acordo vitorioso

Na terça-feira (30/9), terminou a greve na Dell.
Iniciada no dia 9, a greve durou 21 dias, demonstrando determinação, resistência, organização e luta da maioria dos trabalhadores e trabalhadoras da empresa. E a mobilização valeu a pena!

A Dell se recusava a ouvir os trabalhadores e a negociar com o Sindicato, que juntamente com a pressão dos trabalhadores, conseguiu na Justiça uma liminar e garantiu o direito de greve.

Sem saída, a empresa resolveu alguns pontos da pauta de reivindicação dos trabalhadores (confira box nesta página) e vai apresentar propostas dos demais pontos ao Sindicato no prazo máximo 20 dias.

Além de resolver os problemas internos dos trabalhadores, a greve impôs uma derrota política à empresa, que acabou mudando sua postura com relação a nossa representação sindical.

A greve na Dell em Hortolândia teve tanta repercussão na matriz nos EUA, que a própria empresa está começando a quebrar sua visão de flexibilização de direitos trabalhistas.

Confira a vitória dos trabalhadores

– Estabilidade de 6 meses, a partir de 30/9/2008, a todos os trabalhadores e trabalhadoras que participaram da greve.

– Efetivação de todos os temporários que aderiram à greve.

– Anulação das demissões no período da greve (inclusive as justas causas) e reintegração dos trabalhadores grevistas demitidos.

– Pagamento de 50% dos dias parados.

– Licença remunerada até 07/10/2008.

– Discussão com o Sindicato sobre jornada de trabalho, trabalho temporário, Banco de Horas, Participação nos Lucros e Resultados e Plano de Cargos e Salários será feita dentro de 20 dias, a partir de 29/9/2008.

Mobilização ganhou as ruas
Além de pressionar os patrões na fábrica, houve muitas manifestações públicas no sentido de explicar à população as mazelas impostas pela Dell aos seus trabalhadores.

Passeata pelo Centro, distribuição de uma carta aberta à população e atos em frente à Câmara e a Prefeitura de Hortolândia fizeram parte das atividades do movimento grevista.

O Sindicato denunciou as condições de trabalho ao Ministério Público do Trabalho e à DRT, que reconheceram a gravidade dos fatos e foram investigar a empresa.

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