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Trabalhadores da Dell têm dado exemplo de disposição de luta

Em greve desde o dia 9 de setembro, os companheiros estão paralisados pela Campanha Salarial e também pelos vários problemas internos que acontecem dentro da fábrica.  


 


Além de pressionar os patrões, os trabalhadores fizeram ato em frente à Prefeitura de Hortolândia, entregaram carta aberta à população, fizeram passeata até o centro e até a Câmara Municipal com o objetivo de denunciar as más condições de trabalho que estão submetidos.


 


A empresa ignora as reivindicações dos trabalhadores e se negou inclusive, a comparecer a uma mesa redonda no Ministério do Trabalho. No dia 19, atendendo solicitação do Sindicato, o MPT fez uma diligência na empresa para apurar as denúncias e ainda não fomos notificados do resultado. 


 


Está marcada para o dia 23, audiência na Vara do Trabalho e dia 24, uma outra no MPT, para discutir contratações e demissões dos trabalhadores temporários, que ocorreram durante a greve.


 


Problemas com os temporários e terceirizados


 


Grande parte dos trabalhadores é contratada apenas por três meses, a Dell descumpre a lei 6.019: se houver demanda persistente, os contratados devem ser efetivados após 90 dias. Temporários e terceirizados são discriminados: não podem participar das reuniões com os efetivos e o ônibus da empresa só os leva até o centro.


 


Apesar de todos os incentivos fiscais que recebeu da Prefeitura, a empresa não gera empregos na região. E agora, buscando competitividade e lucros no mercado, emprega apenas 650 trabalhadores e anunciou vai terceirizar a produção e vender as unidades para fabricantes asiáticos.


 


Reivindicações dos trabalhadores da Dell


 


Fim da imposição do Banco de Horas
Imediata efetivação dos trabalhadores temporários (chamados pela empresa de RHI)
Pagamento de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) igual para todos os trabalhadores da empresa
Implantação imediata do Plano de Cargos e Salários da empresa, onde ela se compromete a reajustar os salários a cada seis meses, mas que não vem sendo aplicado.
Fim da prática de assédio moral por parte dos gerentes
Estabilidade no emprego


 

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