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Trabalhador sofre acidente grave com uso de prensa na BSH

Dois dias depois do 28 de Abril, Dia Internacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, um companheiro da BSH, teve o seu braço direito amputado depois de sofrer um acidente com uma prensa de corte de papelão na empresa, às 21:30h do dia 30 de abril.


O trabalhador, que já tem 8 anos de empresa e 5 meses na função de Operador de Produção II, estava preparando a máquina e teve seu braço esmagado enquanto tentava desenroscar o papelão, que na verdade forma o painel traseiro do refrigerador, no interior da zona de corte.


Ele foi socorrido e levado à Casa de Saúde, onde teve o seu braço amputado um dia depois da internação.


Para liberar a máquina, no dia 5 de maio, a empresa fez alterações nos itens relacionados à segurança: utilização dos calços de segurança e aprimoramento do procedimento de Set Up, que foram verificadas pelo engenheiro de segurança do trabalho do Sindicato, que compareceu à empresa para a investigação do acidente. 


Porém, quanto a esse assunto a posição do Sindicato é clara: dispositivos de segurança são importantes, mas mais importante ainda é eliminar totalmente o acesso do trabalhador às zonas de risco. Ou seja, tirar o braço do trabalhador da boca do leão.


Empresas não investem na saúde e na segurança do trabalhador


Segundo o “Programa de Prevenção de Prensas Excêntricas e Similares”, da Norma Técnica do Ministério do Trabalho, existe uma série de medidas efetivas com os procedimentos adequados que devem ser seguidos durante o manuseio dessas máquinas.


A empresa não estava seguindo várias dessas medidas, como por exemplo, os calços de segurança no anteparo de proteção, dispositivos pneumáticos ou eletroeletrônicos, ou até mesmo, a cortina de luz para interromper a operação, garantindo a segurança do trabalhador.


Muitos fatores de risco contribuíram com o acidente. Mas sem dúvida, a empresa já se responsabilizou, ao elaborar, logo após o acidente, uma outra ficha de Instrução para Set Up específica para os Operadores de Produção II adicionando itens sobre segurança.


Um deles é a necessidade do uso dos calços de segurança, que inclusive já havia sido requisitado pelos trabalhadores e a empresa ainda não tinha providenciado.


Embora o Sindicato ainda esteja no processo de investigação dos fatores e das causas desse acidente, algumas já estão claras e existe na empresa total disfunção entre os equipamentos e a rotina dos trabalhadores.


O Sindicato vai tomar as providências necessárias para resolver esses problemas, inclusive com apoio e solidariedade à família do trabalhador.

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