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Benteler: trabalhadores aprovam estado de greve

Em assembléias realizadas nos três turnos do dia 27/02, os trabalhadores da Benteler aprovaram a Pauta de Reivindicações que trata de redução de jornada, política de benefícios como cesta básica, plano de saúde e bolsa de ensino, PCS e PLR 2008.
Além da aprovação da Pauta de Reivindicações, protocolada pela empresa, que já marcou uma reunião para o dia 29/02, os trabalhadores aprovaram também estado de greve, caso não haja avanço nas negociações com a empresa.

PCS virou “Plano de Corte de Salário”

O PCS implantado pela Benteler tem sido motivo de indignação e revolta entre os trabalhadores. O que deveria ser uma Política de Cargos Salários com progressão automática por tempo de serviço na função e equiparação salarial aos trabalhadores com mais tempo de casa transformou-se no contrário.
Ao invés de, com o tempo, os trabalhadores crescerem na função e alcançarem salários iguais aos dos antigos na função, o que acontece é a demissão dos companheiros com mais tempo de casa e com salários mais altos e, como conseqüência, um rebaixamento geral de salários.

Tática desonesta: avaliação da chefia freia progressão

Descumprindo o que foi acordado em reuniões de negociação com os representantes dos trabalhadores, a Benteler está promovendo uma série de medidas que só faz aumentar o descontentamento entre os trabalhadores.
De acordo com o que foi combinado, quando o trabalhador entra na função a progressão tem de ser automática, mas a empresa tem aplicado avaliação e nos casos em que não há aprovação no desempenho a empresa não define um prazo para nova avaliação e progressão. Daí, o trabalhador que levaria 36 meses para chegar a multifuncional e conseguir um salário melhor, com a avaliação nada criteriosa da chefia, pode levar muito mais.

Demissões e achatamento salarial

Para piorar, com a desculpa de seguir o salário de mercado, a Benteler está demitindo trabalhadores com mais tempo de casa e que ganham mais, eliminado os salários mais altos e acabando de vez com a possibilidade de equiparação e de aumento salarial na função.

Em 2008, nossa luta tem de ser redobrada

Nossa alternativa é lutar; não há outra saída. Lutar contra as demissões dos companheiros mais antigos; lutar para manter a faixa salarial conquistada no passado por eles, com muita consciência política e empenho; e lutar contra a rotatividade para que todos nós consigamos obter crescimento profissional, mudança de função e melhores salários.



 

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