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Após 24 dias, D. Cappio encerra greve de fome, mas luta contra obra de transposição continua!

Na quinta-feira, dia 20/12, depois de 24 dias, o bispo de Barras (BA), D. Luiz Cappio, encerrou a greve de fome pelo fim das obras de transposição do rio São Francisco e pela retirada das tropas do Exército da região.


Cerca de mil pessoas participaram da missa campal com a presença do bispo. Nesta sexta-feira (21), os movimentos sociais realizam uma reunião para definir novas ações contra a transposição do rio São Francisco.


Em carta, D. Cappio reafirma a continuidade da luta: “Precisamos ampliar o debate, espalhar a informação verdadeira, fazer crescer nossa mobilização. Até derrotarmos este projeto de morte e conquistarmos o verdadeiro desenvolvimento para o semi-árido e o São Francisco”.


A situação de frei Cappio agravou-se na quarta-feira (19), após receber a notícia de que o Supremo Tribunal Federal (STF) havia liberado as obras de transposição do rio São Francisco.
Por seis votos a três, o plenário do Supremo negou o agravo movido pelo Ministério Público Federal, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e por organizações ambientalistas, e manteve a continuidade da transposição das águas do rio São Francisco.


Logo após a decisão do STF, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) anunciou o primeiro lote da licitação para as de transposição do rio São Francisco. 


Votaram pela paralisação da obra
A favor da suspensão da obra votaram os ministros Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso e Marco Aurélio Mello.


A favor da obra de Transposição
Votaram a favor da Transposição os ministros Cármen Lúcia Antunes Rocha, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes e Ellen Gracie.


Manifestações de solidariedade
Em todo o Brasil houve diversas manifestações de solidariedade. Em pelo menos 12 Estados ocorreram vigílias contrárias à transposição e mais de 200 pessoas enfrentaram jejuns solidários à causa.
Em Campinas, o Sindicato participou de um ato em frente à Catedral em solidariedade ao bispo, em favor da revitalização do rio, e contra as obras de transposição das águas defendidas pelo governo Lula.

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