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Foxconn é flagrada com pelo menos 21 trabalhadores ilegais; outros 185 têm contratação irregular

A Foxconn, fábrica de componentes para aparelhos celulares, mantinha até o dia 30 de agosto, pelo menos 21 trabalhadores chineses trabalhando de forma ilegal na linha de produção.


Mas o número de contratações ilegais pode ser maior, porque o Ministério Público Trabalho fez o flagrante durante o turno da manhã.


Multa


Os trabalhadores chineses, de mesma nacionalidade da fábrica, entraram no Brasil com vistos de negócios e como nestas condições não podiam ter trabalho fixo, permaneceram sem contrato de trabalho.


A Foxconn foi multada em R$ 56 mil pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por contratação irregular de estrangeiros e cada um deles, além de ter sido multado em R$ 400,00, terá de deixar o Brasil dentro de oito dias, sob o risco de serem deportados.


Condição de Trabalho escravo


De acordo com o procurador do MPT, os chineses começaram a entrar no País desde julho de 2006. Além da denúncia de trabalho escravo feita ao MPT, que levou o Sindicato dos Metalúrgicos, o próprio MPT e a Polícia Federal à sede da empresa, em Indaiatuba, o Sindicato ainda apontou outras irregularidades na Foxconn.


Entre elas: a contratação irregular de 185 trabalhadores temporários que trabalham permanentemente; a falta de cadeiras para os operários da linha de produção, que chegam a trabalhar até 8 horas por dia de pé; e a falta de condições higiênicas no refeitório.


A Vigilância Sanitária já tinha interditado o local e dado prazo para a empresa regularizar a situação.

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