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23 de Maio: Dia Nacional de Mobilização contra as reformas do governo Lula

Dia Nacional de Mobilização


Contra a reforma da previdência
Contra toda reforma que retire direitos – não à emenda 3
Contra a política econômica e o pagamento das dívidas interna e externa
Contra a criminalização dos movimentos sociais
Por emprego, salário digno, reforma agrária e moradia
Em defesa do direito de greve 


Desde a madrugada desta quarta-feira (23/5), milhares de trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo, sindicatos, partidos políticos, e entidades dos movimentos populares e estudantis estão mobilizados neste Dia Nacional de Mobilização contra as reformas neoliberais do governo Lula, que atacam direitos da classe trabalhadora.


Protestamos contra a política econômica do governo federal, que enriquece banqueiros e grandes empresários, estrangula qualquer possibilidade de investimentos em políticas sociais e mantém a perversa concentração de renda.


Contra a retirada de direitos trabalhistas e contra a reforma previdenciária apresentada, porque consideramos inadmissível reduzir nossas conquistas históricas.
 
Lutamos para libertar o Brasil do domínio imperialista, que impõe o agronegócio, que destrói a natureza e compromete a capacidade de produção de alimentos para o povo.


Irmanamos-nos a todos os povos latino-americanos em defesa da independência e da soberania de nossos países. Manifestamos-nos pela retirada das tropas do Haiti e contra a invasão do Iraque pelos EUA.


Em Campinas


Os trabalhadores interromperam o trânsito no Trevo da Bosch, na rodovia Campinas-Monte Mor; na via Anhaguera, na altura da montadora Honda; e na rodovia Campinas-Paulínia, em trecho próximo à Replan.





Nem a chuva nem a forte repressão da tropa de choque da Policia Militar detiveram os manifestantes, que organizados bloquearam o tráfego nos dois sentidos da rodovia Campinas-Monte Mor e que seguiram em marcha até o Paço Municipal, no centro da cidade, onde fizeram ato público em apoio à greve dos servidores municipais.



Na região de Campinas, os trabalhadores das montadoras Honda e Toyota realizaram atos políticos na entrada do primeiro turno, logo na madrugada. Uma greve de 24 horas foi decretada nas duas fábricas.


A Honda, em Sumaré, tem cerca de 800 trabalhadores e a Toyota, que fica em Indaiatuba tem cerca de 900 trabalhadores.



23 de Maio


Este Dia Nacional de Mobilização faz parte das resoluções do Encontro Nacional organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos, Intersindical e outras organizações sindicais e sociais, realizado no dia 25 de março, em SP e que reuniu mais de 6 mil trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo.


As mobilizações nas demais regiões do estado de São Paulo:


São Paulo – paralisam: professores da rede estadual, municipal e federal, servidores estaduais e federais, INSS, bancários do BB e trabalhadores e estudantes das universidades estaduais. MTST e outros movimentos pela reforma urbana fazem manifestações na capital. Ato às 14 horas em frente ao Masp.


ABC: atividades dos servidores municipais de Santo André e Diadema. Paralisações dos metalúrgicos. Agitação no INSS.


Bauru: manifestações de bancários, servidores municipais, estudantes e MST.


Franca: manifestações dos sapateiros com a participação dos servidores municipais e MLST.


Guarulhos: Atividades dos servidores municipais e dos professores da rede privada.


Limeira: paralisações de fabricas.


Osasco: Atividades na porta das fábricas químicas.


Ribeirão Preto: manifestação no centro com os estudantes, servidores municipais e outras categorias. Protesto do MLST.


Santos: paralisações de petroleiros, metalúrgicos e bancários do BB. Manifestações dos servidores municipais. Atividades do MST na região. Ato dos servidores federais em frente ao Juizado Federal.


Vale do Paraíba: haverá paralisações de petroleiros, construção civil, metalúrgicos, químicos, trabalhadores da alimentação, servidores municipais de São José e Jacareí. Condutores realizam protestos no centro, assim como o MUST, aposentados e estudantes. O MST participa de protestos organizados por diversas entidades e movimentos sociais em quatro grandes regiões do estado de São Paulo. 


A mobilização nos demais estados:


Rio de Janeiro – professores das redes estadual, municipal e federal, servidores federais, bancários do BB e funcionários da UFRJ paralisam as atividades. Passeata às 13 horas, saindo da Candelária.


Rio Grande do Norte – saúde estadual, servidores municipais, federais, das universidades estadual e federal e do INSS cruzam os braços. Bancários realizam protestos.


Rio Grande do Sul – servidores municipais de Porto Alegre, servidores federais e professores estaduais paralisam. Manifestações dos comerciários nas cidades de Santa Cruz e Passo Fundo. Trabalhadores do INSS e da Saúde realizam paralisação. Ato unificado às 10 horas, na prefeitura de Porto Alegre.


Santa Catarina – Paralisam: IBGE, Sinasefe, servidores federais, INSS e Ministério da Saúde e professores da rede estadual. Manifestações dos rodoviários, docentes da UFSC, servidores municipais de Florianópolis e dos policiais militares (em greve). Ato com participação do MST a partir das 15 horas, na Praça XV.


Sergipe – Paralisam policiais civis, petroleiros, médicos estaduais e servidores federais e da UFS. Ato unificado na Praça da Bandeira.


Entidades organizadoras:
As entidades que organizaram o Dia Nacional de Mobilização foram a Intersindical, Conlutas, FST, MTL, MTST, CEBs/Pastorais Sociais/SP, Cobap, Frente de Luta contra a Reforma Universitária, Andes/SN, ASSIBG, Condsef, Fenafisco, Fenafisp, Fenasps, Sinait, Sinasefe e Conlute.

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