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Mabe achata salários cada vez mais

Mabe achata salários cada vez mais


A política de Equiparação Salarial que a Mabe vem aplicando desde 2002 está achatando os salários dos trabalhadores.


Para conseguir isso, a empresa se utiliza de várias formas para manter o trabalhador na função de Auxiliar de Produção, que o salário é cerca de 880 reais, impedindo que ele assuma a função de Operador de Produção que o salário é quase o dobro.


Entenda como isso acontece
Uma das formas, é obrigar o trabalhador a passar por testes diferenciais para cada função.


Essa política quase impede o trabalhador de mudar de cargo. Por exemplo, se a especialização de manuseio de gás é dada somente para o Operador de Produção, um Auxiliar de Produção não pode executar essa função.


Ou seja, dessa forma a empresa está impedindo o trabalhador de mudar de cargo e conseqüentemente de ter um aumento no salário.


Antes de 2002, os trabalhadores que executavam tanto a função do Auxiliar quanto do Operador faziam o teste de gás.


É uma execução simples e que não exige nenhum conhecimento técnico.


Depois dos testes diferenciais, a empresa impede que os Auxiliares manuseiem o gás, e permite somente aos Operadores.


No setor de Montagem mais de 80% dos trabalhadores são Auxiliares. Ou seja, com essa seleção, a empresa nada mais fez do que achatar os salários.


E essa prática acontece não só na Montagem, mas também na Esmaltação e na Pintura à Pó.


Outra forma de achatamento salarial: a rotatividade

Essa maneira utilizada por várias empresas e que já é comum na Mabe é demitir os trabalhadores que ganham salários maiores e contratar outros com remuneração inferior.


Com isso, o salário médio do trabalhador cai e a empresa diminui os seus custos e aumenta os lucros.


Para esclarecer esse ponto, basta saber que de 2002 para cá, o Sindicato fez 532 homologações. 


Para que a empresa mantivesse a sua média de 1.500 trabalhadores, ela recontratou outros 532 trabalhadores para a função de Auxiliar.


E pior: quando a empresa faz novas contratações esses trabalhadores, além de receberem a função de Auxiliares, ainda são contratados pela Agência com contrato por tempo determinado. E só depois de 6 meses serão efetivados.


Ações políticas e jurídicas para resolver os problemas


Uma vez que a empresa insiste em desrespeitar a Convenção Coletiva, que garante ao trabalhador uma Política de Cargos e Salários, o Sindicato através do departamento Jurídico, está movendo um processo contra a empresa para que ela equipare o salário de todos os Auxiliares para Operadores de Produção.


Por isso companheiros, precisamos estar atentos a tudo isso, porque é só com organização no local de trabalho e com consciência política que conseguiremos mudar essa realidade.


Cada um deve fazer a sua parte. Essa luta é de todos nós.


 

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