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Herança maldita: Brasil terá 1ª produção privada de petróleo

Dez anos depois da abertura do mercado brasileiro de petróleo, ocorrida durante o governo FHC, o País terá, um projeto de produção grande totalmente privado. A norte-americana Devon prevê o início das operações do campo de Polvo, na Bacia de Campos, para julho. A estimativa é que sejam extraídos 50 mil barris por dia do local.
De acordo com o jornal Estado de S. Paulo, o campo de Polvo foi descoberto há dois anos, em uma área exploratória arrematada pela Devon e pela petroleira sul-coreana SK na 2ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em 2000.
No local, há quatro reservatórios com 328 milhões de barris de petróleo. Há ainda 575 milhões de metros cúbicos de gás natural, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Por se tratar de um campo pequeno, a Devon espera concluir as operações em Polvo até 2012. A companhia ainda não decidiu o que vai fazer com a produção, que pode ser vendida à Petrobras ou enviada ao mercado internacional.


Petróleo brasileiro: produção privatizada


Segundo cálculos do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), 25% dos investimentos no setor, nos próximos cinco anos, serão feitos por petroleiras privadas, o que vai garantir ao País o aporte de US$ 25 bilhões no período.
“As jazidas minerais são estratégicas para o País e não são renováveis. Nem os Estados Unidos dão tanta liberdade para os concessionários”, reclama o deputado Luciano Zica (PT-SP), autor de projeto de emenda constitucional que institui o controle estatal sobre a produção de petróleo, gás e minérios.
A maior produtora privada do Brasil atualmente é a anglo-holandesa Shell, que tem parceria com a Petrobras no projeto Bijupirá-Salema, na Bacia de Campos. Toda a parcela da multinacional, cerca de 50 mil barris por dia, é vendida ao exterior.

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