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Sindicato participou do Encontro em Defesa do Emprego, Direitos e Reforma Agrária

O Sindicato participou do Encontro Pan-americano em Defesa do Emprego, dos Direitos, da Reforma Agrária e do Parque Fabril, nos dias 8, 9 e 10 de dezembro em Joinville, Santa Catarina.


Aberto a todos os que lutam em defesa dos interesses da classe trabalhadora e da soberania dos povos contra o imperialismo, o encontro aconteceu nas dependências da empresa fabricante de produtos de plásticos CIPLA, ocupada pelos trabalhadores desde 2003.


Já na abertura do Encontro, houve uma assembléia em que os trabalhadores votaram pela redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem redução de salários, a partir de 01 de janeiro de 2007.


Participaram desse encontro a Coordenação dos Conselhos das Fábricas Ocupadas, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Centro de Direitos Humanos-Joinville (CDH), do Brasil, o Movimento Nacional de Empresas Recuperadas (MNER), da Argentina, a Frente Revolucionária de Empresas em Cogestão e Ocupadas (FRETECO), da Venezuela, PIT-CNT – que coordena as fábricas recuperadas do Uruguai.


Confira a Convocatória, no site dos organizadores do encontro 


Em defesa de seus interesses mais caros, os trabalhadores têm, em todos os países, resistido à liquidação de fábricas, de empregos e direitos, provocada pela super exploração a que desejam nos submeter os capitalistas, seus governos, suas multinacionais e o capital financeiro.

Na Argentina são centenas de fábricas recuperadas pelos trabalhadores frente`a crise causada pelos capitalistas e seus governos submissos.

No Uruguai um forte movimento de recuperação se desenvolve com o apoio da PIT-CNT.

Na Bolívia foram os mineiros que primeiro defenderam seus empregos contra as privatizações-liquidação das minas e colocaram na ordem do dia da revolução boliviana a nacionalização do gás e do petróleo.

No Brasil o movimento operário conduziu às ocupações de fábricas e a luta pela estatização para salvar milhares de empregos.

Na Venezuela fábricas foram ocupadas contra a sabotagem econômica da burguesia e com apoio da UNT se constituiu um movimento que levou às estatizações promovidas pelo governo Chávez.

Nos Estados Unidos o fechamento de dezenas de grandes fábricas e liquidação de milhares de empregos levou sindicalistas a se colocarem a questão da estatização destas empresas.

Por estas razões já realizamos diversos Encontros nacionais e internacionais. Por isso nos articulamos para que nossas lutas integrem nossos povos oprimidos contra o inimigo comum da humanidade: o capital e suas guerras, a pilhagem e o saqueio das riquezas que produzimos.

E sabemos que não há direitos humanos sem trabalho e sob massacre do capital. Sem Reforma Agrária não haverá trabalho no campo, apenas o aumento do cortejo de miséria nas áreas rurais e nas cidades.

Os trabalhadores não podem aceitar que os movimentos sociais e defensores de direitos humanos continuem a ser criminalizados, sendo objeto de medidas judiciais sustentadas por denúncias que se equiparam àquelas destinadas aos mais destacados criminosos.

Só nossa organização e nossa luta pode salvar de forma duradoura todos os empregos e conquistar as reivindicações populares.

E só a livre e democrática discussão entre os trabalhadores e nossa articulação internacional, pode garantir que a nossa luta e organização sejam sólidas para defender os interesses da classe trabalhadora.

A troca de experiências no Encontro Pan-americano em Defesa do Emprego, dos Direitos, da Reforma Agrária e do Parque Fabril, nos permitirá chegar a conclusões e ações comuns que coloquem num patamar superior nossa luta em cada país.

Só com a luta em defesa de cada emprego, de cada conquista, é que pode surgir uma saída. Àqueles que ousam nos dizer que não há saída, que não há como enfrentar a força do capital, nós respondemos com nossa determinação de combater, em unidade, em defesa de tudo o que a humanidade construiu como progresso social.

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