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Amsted-Maxion demite mais de 350 trabalhadores por telegrama

Sem prestar qualquer informação prévia aos seus trabalhadores nem ao Sindicato da categoria, a Amsted Maxion, que ocupa o espaço físico da antiga Cobrasma, demitiu 350 trabalhadores, nos dias 26 e 27 de outubro. Os demais trabalhadores foram obrigados a entrar em férias até o dia 13/11/2006.


Susto


Desinformados, os trabalhadores começaram a perceber em suas contas correntes um valor depositado bem acima do valor que recebem mensalmente com o depósito do salário. Dias depois, outro susto: receberam em casa telegramas informando a decisão da empresa de que o valor dizia respeito às verbas rescisórias e que, portanto, eles tinham sido demitidos.


Depois de receber várias ligações desses trabalhadores, o sindicato manteve contato com o gerente de RH da Amsted Maxion, Luiz Bento, que confirmou as 350 demissões e as 700 férias coletivas.


Em junho: 306 demissões


Em 2006, as demissões devem ultrapassar a casa dos 750 trabalhadores. Em 21 de junho, a empresa já havia 306 trabalhadores. Feitas de forma irregular e sem que fossem feitos os exames demissionais, as demissões de junho incluíram doentes e acidentados. Dos 306 demitidos, 111 tinham contrato por tempo determinado, que se encerraria em 27 de julho, e 196 tinham contrato efetivo.


Na ocasião, o diretor jurídico da empresa disse ao Sindicato que ia rever as demissões, mas em reuniões com o Ministério Público e na Procuradoria do Trabalho, voltou atrás e manteve as demissões.


1º lugar na Revista Exame Melhores e Maiores, de julho 2006


A frota ferroviária brasileira começou a dar sinais de recuperação, depois de 20 anos. Em 2002 dobrou de tamanho e hoje está estimada em 80 mil vagões. À frente desse avanço está a Amsted Maxion, responsável por 88% dos 7.200 vagões produzidos em 2005. Todo esse desempenho garantiu à Amsted Maxion o 1º lugar no ranking no setor de siderurgia e metalurgia, segundo a Revista Exame Melhores e Maiores, de julho de 2006.

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