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Mais um condenado pela morte da missionária Dorothy

Após mais de 11 horas de julgamento, o Tribunal do Júri do Pará condenou, no dia 26 de abril, Amair Feijoli da Cunha, o Tato, a 18 anos de prisão, em regime fechado, por intermediar o assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, morta com seis tiros em Anapu (PA), no dia 12 de fevereiro de 2005.

Tato, que confirmou sua participação no crime, foi beneficiado com a redução da pena em um terço do tempo, por ter colaborado com as investigações. Ao fazer a acusação, o promotor Edson Cardoso havia pedido a “condenação, na medida da justiça, nem mais, nem menos” de Tato. Não fosse a concessão do benefício da delação premiada, previsto no artigo 14 da Lei 9.807/99, ele teria que cumprir 27 anos de prisão.

Tato, confirmou ao júri o que já havia dito à Polícia Federal e à Polícia Civil e à Promotoria de Justiça: que recebeu a oferta de R$ 50 mil do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o “Bida”, para matar Dorothy e que procurou a Raifran das Neves Sales, o Fogoió, para que cometesse o crime. Vitalmiro Moura estaria sendo constantemente multado pelas autoridades, após denúncias de Dorothy, por fazer desmatamentos. E, segundo a versão de Tato, o fazendeiro também estaria interessado nas terras da gleba 55, onde a missionária desenvolvia o chamado PDS (projeto de desenvolvimento sustentável).

Raifran Sales e Clodoaldo Batista foram condenados em dezembro do ano passado, a 27 anos de prisão, e a 17 anos, respectivamente, pela execução do crime. A defesa recorreu da decisão. Vitalmiro de Moura também irá a júri, ao lado de outro fazendeiro, também apontado como mandante do crime, Regivaldo Pereira Galvão. A data do julgamento deles ainda não foi marcada.


 

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