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O primeiro ministro Silvio Berlusconi não reconhece a apertada vitória de seu adversário

Nas eleições legislativas de domingo e segunda na Itália o bloco de centro-direita foi derrotado por apenas 25 mil entre os 38 milhões de votos válidos para a Câmara dos Deputados.


Berlusconi disse ontem não reconhecer a apertada vitória de seu adversário, Romano Prodi, e pediu a recontagem de 43 mil votos que foram considerados nulos. Ele também disse terem ocorrido “muitas irregularidades”, que não foram especificadas na votação dos italianos que estavam no exterior.


Foram eleitos três senadores do bloco de centro-esquerda e o bloco de centro-direita, que pela manhã tinha a maioria de uma única cadeira, passou a ser minoritário em duas cadeiras. “Ninguém pode por enquanto se considerar vitorioso”, disse o primeiro ministro e a oposição acusa Silvio Berlusconi de querer “subverter” o jogo da democracia.


Ele propôs um bloco majoritário na Câmara e outro no Senado e dessa maneira formar uma grande coalizão de todos os partidos. Prodi rejeitou a proposta em termos categóricos.
Não há na Itália Justiça Eleitoral. As eleições são supervisionadas pelo Ministério do Interior, cuja integridade não vem sendo colocada em dúvida. Pelas suas contas, cerca de 1,1 milhão de votos não foram válidos por estarem em branco ou terem sido anulados. Entre os nulos, há os 43 mil que Berlusconi quer recontar.


Uma das principais promessas da coalizão de centro-esquerda italiana é retirar as tropas do Iraque. Sobre a Previdência a idéia é desfazer a reforma que aumenta a idade mínima para aposentadoria de 57 para 60 anos; conceder crédito de 2.500 ao ano por criança até os três anos de idade; aumentar os benefícios a desempregados.


Sobre o Mercado de trabalho, a promessa é de reduzir impostos sobre empregos permanentes e aumentar tributação sobre trabalho temporário, diminuir opções de trabalho temporário e finalmente reduzir gradativamente restrições à demissão.


Sobre o judiciário a idéia é tornar mais ágil o sistema processual italiano. Rejeitar norma atual que endurece as penalidades à imigração ilegal.


 

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