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É na luta e na organização que se conquista

Os trabalhadores da KS Pistões, durante o transcorrer da história, fizeram várias greves e mobilizações e perceberam que acumularam o principal: a solidariedade, companheirismo e a conscientização política. Porém, de lá para cá, muitas mudanças aconteceram, com a reestruturação produtiva, as novas formas de gerenciamento da produção, a inovação tecnológica e a introdução da robótica na linha de produção fechando muitos postos de trabalho.

No final da década de 90, a KSPistões foi reestruturada com uma política de enfrentamento contra organizações e sindicato e mudou toda a direção e política do RH. Essa reestruturação que tomou conta da fábrica teve como objetivo principal produzir mais, com um número bem menor de trabalhadores. Além da reestruturação ter acabado com muitos postos de trabalho, a fábrica contratou novos trabalhadores com salários menores do que os que estavam trabalhando, a chamada rotatividade.

A pressão que os trabalhadores sofrem por conta dessa nova organização de trabalho que se concentra nas metas e na produtividade e não leva em conta os limites físicos e mentais dos trabalhadores, considerando apenas a qualidade dos produtos e dos serviços e que exige mais horas extras, aumentou muito o número de trabalhadores com doenças ocupacionais.

Na década de 90, um trabalhador produzia o equivalente a 100 produtos, em 2000, passou a produzir 213 produtos, com um salário bem menor e também com muito mais propensão a adquirir doenças ocupacionais por conta do ritmo acelerado de trabalho.

Nessa época, 1.200 trabalhadores produziam 20 mil pistões. Atualmente 1.500 produzem 60 mil pistões com um número muito maior de trabalhadores com doenças ocupacionais.

Segundo a Folha de São Paulo de domingo (06/03´2006): “O trabalhador brasileiro anda cada vez mais doente e a culpa é do emprego. Entre 1980 e 2004 a notificação das doenças aumentou 19 vezes.” Maria Maeno, pesquisadora do Centro de Referência em saúde do Trabalhador, confirma: “50% das doenças notificadas por ano são LER/DORT.”


O que Queremos

Usinagem

A promoção imediata dos ajudantes de produção que estão operando máquina, para operadores de produção com equiparação salarial.
Promoção imediata dos operadores de máquina C que estão trabalhando nas mesmas máquinas dos operadores com mais tempo de KS, com média de 5 anos.


Setor de Controle de Qualidade

Promoção dos ajudantes de produção para ajudante de controle de qualidade com equiparação salarial.
Promoção dos auxiliares de controle, que fazem trabalho de metrologia e liberação de peças para inspetores de qualidade com equiparação salarial.

Queremos também o acerto de salários e funções nos setores: Serra, Almoxarifado e Manutenção, etc.


Qual Política de Cargos e Salários estamos reivindicando



  1. Que existam somente 3 níveis de função, como determina nossa Convenção Coletiva.
    A-B-C ou I-II-III ou Junior, Sênior e Pleno.
  2. Que cada função tenha um salário inicial e um salário teto.
  3. Que os reajustes para atingir o salário teto de cada função sejam automáticos, sem avaliação da chefia.
  4. Que o tempo que cada trabalhador deve levar para atingir o salário teto de cada função seja de 3 anos no máximo.
  5. Que as chefias avaliem os trabalhadores apenas para as promoções quando houver vaga disponível.

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