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Mínimo de R$350 é uma vergonha!

 


Existem no Brasil milhões de trabalhadores que ganham apenas 1 salário mínimo por mês. Da mesma forma, alguns outros milhões de aposentados e pensionistas também recebem como aposentadoria ou pensão um salário mínimo de pagamento mensal.


O salário mínimo quando foi criado tinha como objetivo garantir ao trabalhador um salário por mês que garantisse suas necessidades básicas, como alimentação, moradia, saúde, transporte e educação.


Com o passar dos anos, de vários governos, de sucessivos planos econômicos, o salário mínimo foi arrochado até chegar à vergonha que é hoje. E que não garante a sobrevivência digna de cada trabalhador.


Infelizmente, as Centrais Sindicais cumpriram um papel de legitimar esse arrocho. Primeiro, porque não criaram nenhuma forma de mobilização da sociedade que pudesse dar sustentação às negociações. E segundo, porque apresentaram uma pauta rebaixada, sabedores  das necessidades que tem os trabalhadores não poderiam ter reivindicado R$ 400,00.


O fato da proposta do governo para o mínimo de R$350,00 ter um reajuste maior que a inflação do período, não é motivo para as Centrais Sindicais o legitimarem publicamente, como todos nós assistimos pela imprensa nesses últimos dias.


Se levarmos em consideração o cálculo que o Dieese faz mensalmente para uma família de 4 pessoas sobreviverem 30 dias, no mês de dezembro de 2005, o salário mínimo deveria ser R$1.607,11.


Fica muito claro que a proposta do governo do salário mínimo de R$350,00 não garante as necessidades básicas, como moradia, alimentação, transporte, educação, saúde, etc. Por isso as Centrais Sindicais não poderiam legitimar a proposta de salário mínimo do governo federal.



 

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